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Vulcão português pode armazenar até 125 anos de emissões de CO2


Jose Luis Magan / AFP


 Um estudo relizado por cientistas portugueses revela que um vulcão já extinto, na zona oeste de Portugal, pode armazenar dióxido de carbono e reduzir as emissões para a atmosfera.


O artigo publicado na revista "Geology", da autoria de Davide Gamboa, da Universidade de Aveiro, e de Ricardo Pereira, da Universidade Nova de Lisboa, faz “pela primeira vez uma abordagem de quantificação de volumes de armazenamento aplicável a nível mundial”, explica o investigador da Universidade de Aveiro, em declarações ao portal da instituição.


"A partir do momento em que temos o CO2 num fluído, como a água normal ou a água do mar, ficamos com um fluído rico em CO2 e essa mistura é injetada através de um poço em profundidade nas rochas", garante Davide Gamboa.


Durante dois anos, os especialistas chegaram à conclusão de que “um único edifício vulcânico poderia ser responsável por armazenar até 125 anos de emissões industriais anuais em Portugal”.


Esta descoberta pode ser aplicada a outros vulcões semelhantes e os dois especialistas defendem que o impacto ambiental será "infinitamente menor do que a quantidade de CO2 que pode ser armazenado", visto que este método é seguro. 


“O CO2 reage quimicamente com os minerais e, no caso das rochas basálticas, a reação é rápida, medida em meses ou anos, e nessa reação formam-se novos minerais. É um processo idêntico ao que forma o calcário nos canos das casas", detalha o docente do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro. 


Vulcão português pode armazenar até 125 anos de emissões de CO2 (jn.pt)


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