Vladimir Putin, © Swipe News, SA
O Governo da Moldova está a preparar a saída do país da Comunidade de Estados Independentes (CEI), organização criada pela Rússia para manter na sua esfera de influência os ex-países soviéticos, noticia a imprensa moldava.
Na cimeira da CEI em 26 e 27 de dezembro em São Petersburgo, nenhum representante da Moldova compareceu e a bandeira do país esteve já ausente, de acordo com a imprensa moldava.
Segundo o jornal Vocea Basarabiei, os media pró-Kremlin e os políticos pró-Rússia na Moldova defendem que o país não consegue sobreviver economicamente sem a CEI e a Rússia, mas o Governo discorda. Imediatamente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro deste ano, as autoridades pró-europeias em Chisinau limitaram a participação em eventos organizados na CEI e, após a Moldova se tornar candidata à adesão à UE, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Nicu Popescu, anunciou a suspensão da participação do país na CEI.
A cimeira da CEI reuniu líderes da Bielorrússia, Cazaquistão, Arménia, Azerbaijão, Tajiquistão, Uzbequistão, Quirguizistão e Turquemenistão. O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, foi o único na cimeira que apoiou abertamente a campanha militar russa na Ucrânia, para a qual permite o uso do seu território pelas tropas russas.
Além de acelerar a sua integração bilateral, Minsk e Moscovo formaram um agrupamento militar conjunto e também criaram uma frente comum contra a “ameaça” da NATO. O líder cazaque, Kasim-Yomart Tokayev, solicitou a ajuda da Rússia, em janeiro passado, para esmagar uma revolta violenta, mas recusou-se publicamente a reconhecer a anexação russa de quatro regiões ucranianas.
A CEI – que foi criada para formalizar o “divórcio civilizado” entre 12 repúblicas soviéticas e cujos documentos fundadores foram assinados em 21 de dezembro de 1991 – perdeu como membros a Ucrânia e a Geórgia, antes da Moldova.
Também esta quinta, após os mais recentes ataques russos à Ucrânia, a Presidente moldava, Maia Sandu, disse à imprensa local que condena “veemente estas ações bárbaras e não provocadas que visam trazer destruição e morte”. Também a primeira-ministra, Natalia Gravilita, disse nas redes sociais estar “profundamente triste e indignada com os ataques de mísseis russos à Ucrânia que ocorreram hoje”.
Moldova prepara saída da Comunidade de Estados Independentes pró-Rússia (msn.com)
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