Avançar para o conteúdo principal

Ex-secretária do Turismo vai gerir empresa à qual concedeu apoios há menos de um ano


Rita Marques, ex-secretária de Estado do Turismo. Foto: NUNO FERREIRA SANTOS


 A ex-secretária de Estado do Turismo vai regressar ao setor privado para gerir uma empresa à qual concedeu um estatuto de utilidade turística, habilitando-a assim a vários benefícios fiscais.


Rita marques afirmou à TVI/CNN Portugal que a ida para uma empresa privada não viola a lei, apesar de o caso contrariar o regime aplicável após o fim de funções executivas, que estipula um período de nojo de três anos.


Ex-secretária do Turismo vai gerir empresa à qual concedeu apoios há menos de um ano - CNN Portugal (iol.pt)


Ex-governante assume, “a partir do dia 16 de janeiro, funções como membro do conselho de administração” com “a responsabilidade sobre a divisão dos hotéis e do turismo”, afirmou a empresa.


Ex-governante entra para a administração "com a responsabilidade sobre a divisão dos hotéis e do turismo" NUNO FERREIRA SANTOS

A ex-secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, que saiu do Governo em Dezembro, vai ser administradora do grupo The Fladgate Partnership, com responsabilidades na divisão de hotéis e do turismo, segundo um comunicado.


Na nota divulgada esta sexta-feira pela empresa, é indicado que "depois de terminar funções como secretária de Estado do Turismo no período de 2019-2022, Rita Marques assume agora funções como administradora da The Fladgate Partnership, com a responsabilidade sobre a divisão dos hotéis e do turismo, ficando à frente da gestão de importantes unidades como o WOW, o quarteirão cultural de Gaia".


A ex-governante assume, "a partir do dia 16 de Janeiro, funções como membro do conselho de administração da The Fladgate Partnership com a responsabilidade sobre a divisão dos hotéis e do turismo", disse a empresa, detalhando que "a cargo de Rita Marques vai ficar a direcção do WOW, o quarteirão cultural de Gaia, as caves da Taylor's e da Fonseca, o hotel The Yeatman, o Vintage House no Douro, o Hotel da Estrela e o Palacete Chafariz d'El Rei em Lisboa, ainda o Museu do Vitral, o Ferry no rio Douro e os 20 restaurantes do grupo". Além disso, "a juntar a esta carteira, estará também o novo hotel de luxo, que nascerá em Vila Nova de Gaia no final de 2024, e as lojas na baixa portuense".


"Estou muito entusiasmada por me juntar à grande equipa da The Fladgate Partnership. O vinho do Porto é o mais antigo embaixador de Portugal. Estou certa de que construiremos excelentes oportunidades para continuarmos a valorizar o vinho do Porto, promovendo a redescoberta da cidade do Porto e da região do Douro, enquanto destinos vínicos e culturais de excelência", declarou Rita Marques, citada na mesma nota.


Por sua vez, Adrian Bridge, presidente executivo do grupo disse que "é uma grande honra integrar Rita Marques no grupo Fladgate Partnership, beneficiando do conhecimento e da experiência nas áreas da gestão de negócio e do turismo. Este reforço vem alavancar a forte aposta na área do turismo, no qual o grupo tem vindo e vai continuar a investir e que é uma boa sustentação para o negócio principal, o vinho do Porto".


A The Fladgate Partnership é uma holding que possui negócios no vinho do Porto, turismo e distribuição, sendo que "a empresa fundadora do grupo é a Taylor's, que data de 1692". "Em 2001 adquire a Croft, fundada em 1588, que já celebrou o seu 430º aniversário. Com as suas outras casas (Fonseca e Krohn), é líder na produção de categorias especiais de vinho do Porto, que vende em mais de 105 países", recordou o grupo.


A empresa entrou mais recentemente na área do turismo, destacando a criação do The Yeatman Hotel, inaugurado em 2010. "Também é proprietária do Vintage House Hotel, no Pinhão", bem como do WOW, (World of Wine) uma "iniciativa que visa transformar a zona histórica de Vila Nova de Gaia com um quarteirão cultural de sete museus, doze restaurantes e bares, uma escola de vinho e várias lojas".


Ex-secretária de Estado do Turismo vai gerir hotéis e restaurada Fladgate Partnership | Turismo | PÚBLICO (publico.pt)


Ex-secretária do Turismo vai gerir empresa à qual concedeu apoios há menos de um ano - CNN Portugal (iol.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...