Avançar para o conteúdo principal

Autarca de Condeixa, líder da distrital do PS, condenado a quatro anos de pena suspensa



Nuno Moita, autarca do município de Condeixa-a-Nova e líder da distrital do PS de Coimbra, não fica impedido de exercer o cargo de presidente da Câmara.


Lusa e Carolina Amado


O presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova e da distrital do PS de Coimbra foi esta quinta-feira condenado a uma pena suspensa por favorecimento de empresas, quando integrava a administração do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ).


Numa publicação na sua página da rede social Facebook, Nuno Moita afirmou que "quis o destino" que fosse condenado esta quinta-feira, no dia do seu aniversário, por "um processo de favorecimento a empresas de Condeixa", quando era vice-presidente do IGFEJ (ocupou o cargo de 2009 a 2012), relacionado com factos que terão ocorrido há mais de uma década, entre 2010 e 2012.


Segundo avançou a revista Sábado, o autarca foi condenado em Lisboa a uma pena suspensa de quatro anos pelo crime de participação económica em negócio. Não ficou, ainda assim, impedido de continuar a exercer o cargo de presidente da câmara que já ocupa há dez anos, num dos nove municípios que se mantêm bastiões socialistas.


Em 2019, a agência Lusa deu nota de que o Tribunal Central de Instrução Criminal tinha decidido não levar a julgamento sete arguidos, entre eles Nuno Moita, que era acusado de atribuir obras por ajuste directo à empresa de um amigo, Armindo Marto, também arguido no processo.


Os factos constantes da acusação, que foi desencadeada por uma denúncia anónima feita em 2013, diziam respeito a cinco empreitadas de reabilitação de edifícios públicos adjudicadas por ajuste directo.


Na altura, o juiz Carlos Alexandre não corroborou a tese do Ministério Público (MP), que entendia que as obras feitas causaram prejuízo ao erário público, referindo "perdas de, pelo menos, 151 mil euros".


O juiz, por sua vez, considerou que não estavam reunidos indícios suficientes da prática do crime: "Não se mostram preenchidos os pressupostos conducentes à consideração de que está suficientemente indiciada a participação destes arguidos, sendo mais forte a possibilidade de absolvição em sede de julgamento, em face dos factos que lhes são imputados".


Carlos Alexandre foi mais longe e acusou o MP de fazer “suposições sobre putativos conluios”, entre as quais a alegada pertença da maioria dos arguidos à maçonaria.


Em causa estaria o grupo Os Pingas, que se tornou conhecido após a condenação a sete anos de prisão de outro membro, João Alberto Correia, ex-director de Infra-estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna (durante o mandato de Miguel Macedo), pela prática de crimes semelhantes aos cometidos por Nuno Moita.


Autarca de Condeixa-a-Nova condenado a quatro anos de pena suspensa | Justiça | PÚBLICO (publico.pt)

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...