Avançar para o conteúdo principal

Parques eólicos espanhóis em risco de fechar! Saiba porque…



 Os países têm apostado forte na produção de "energia verde", proveniente parques eólicos. O investimento tem sido enorme e o retorno não é propriamente algo imediato.


Em Espanha surgem agora notícias que os parques eólicos podem vir a fechar. A culpa é da nova taxa sobre produtores de eletricidade.


De acordo com a Wind Europe, a nova taxa sobre os produtores de eletricidade em Espanha pode levar ao encerramento de parques eólicos no nosso país vizinho. Além disso, a Wind Europe lança um alerta para o possível desinvestimento nesta área.


A nova taxa foi introduzida recentemente pelo Governo de Pedro Sanchéz e o objetivo é cortar a remuneração dos produtores de eletricidade que não emitem dióxido de carbono (CO2), em montante equivalente ao alegado benefício extra que esses produtores estão a ter por venderem a sua energia no mercado diário ao mesmo preço das centrais alimentadas a gás natural, revela o Expresso.


O Governo espanhol argumenta que os preços elevados do gás fizeram subir os preços da eletricidade. Assim, como os parques eólicos não têm de comprar gás, estão a auferir "lucros inesperados".


A nova medida impõe encargos de 40-80 euros/ MWh. Um parque eólico com receitas fixas a longo prazo de 35€ / MWh perderá agora dinheiro por cada MWh que produzir. Resultado 1: muitos parques eólicos vão fechar entretanto.


E quem pensa em investir em novos parques eólicos na Espanha agora pensará duas vezes. Resultado 2: a medida prejudica as perspetivas de novos investimentos em energia eólica na Espanha.


Esses 2 impactos diretos minam diretamente o Acordo Verde da UE. Este último requer 30 GW (gigawatts) de novos parques eólicos a serem construídos todos os anos até 2030. A UE está atualmente a construir 15 GW por ano.


Segundo a Wind Europe...


o vento e outras energias renováveis são afetados mas as centrais fósseis não o são, o que incentiva a geração fóssil - ao contrário dos objetivos do "Green Deal" e do princípio do "poluidor-pagador"


O governo espanhol afirma que a medida não é incompatível com a legislação da UE. Eles dizem que isso não afetará os preços de mercado da eletricidade. No entanto, a Wind Europe considera que "uma intervenção estatal desta natureza vai contra o princípio da previsibilidade e o quadro jurídico informal que é central para os mercados energéticos da UE".


https://pplware.sapo.pt/informacao/parques-eolicos-espanhois-em-risco-de-fechar-saiba-porque/


Comentário do Wilson:

Os Preços da electricidade estão altos. Solução do governo socialista espanhol: aumentar impostos!

Quem lucra com os preços altos? Os comercializadores. A quem é que o governo aumenta os impostos? Aos produtores.

O MIBEL, Mercado Ibérico de Electricidade, é um sistema marginalista, altamente injusto, onde o preço da electricidade é formado pelo valor mais alto em vez de ser pela média. É esta formação de preços que deve ser corrigida para baixar os preços da electricidade e eliminar as distorções do mercado.


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

Franceses prometem investir "dezenas de milhões" na indústria naval nacional se a marinha portuguesa comprar fragatas

  Se Portugal optar pelas fragatas francesas de nova geração, a construtora compromete-se a investir dezenas de milhões de euros na modernização do Arsenal do Alfeite e a canalizar uma fatia relevante do contrato diretamente para a economia e indústria nacional, exatamente uma das prioridades já assumidas pelo ministro da Defesa, Nuno Melo Intensifica-se a "luta" entre empresas de defesa para fornecer a próxima geração de fragatas da marinha portuguesa. A empresa francesa Naval Group anunciou esta terça-feira um plano que promete transformar a indústria naval nacional com o investimento de "dezenas de milhões de euros" para criar um  hub  industrial no Alfeite, caso o governo português opter por comprar as fragatas de nova geração do fabricante francês. "O Naval Group apresentou às autoridades portuguesas uma proposta para investir os montantes necessários, estimados em dezenas de milhões de euros, para modernizar o Arsenal do Alfeite e criar um polo industrial...