Avançar para o conteúdo principal

IVAucher. Cada família terá de gastar 445 euros para esgotar o 'plafond'


 As famílias terão de gastar uma média de 445 euros em restauração, alojamento e cultura para esgotar o 'plafond' de 200 milhões de euros do 'IVAucher' previsto na proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), segundo a Deloitte.


A simulação realizada pela consultora assume que nos consumos dos agregados familiares dirigidos aos três setores, contemplados na medida apelidada de 'IVAucher', 70% são na restauração (incluindo refeições consumidas em hotéis), 20% no alojamento e 10% em atividades culturais.


Tendo em conta os 4.150.000 agregados familiares existentes em Portugal, de acordo com os últimos dados oficiais, será necessário que cada um faça compras naqueles setores na ordem dos 445 euros, ao longo de 2021, para que se consiga chegar aos 200 milhões de euros em 'devolução' do IVA previstos no OE2021.


Em termos globais, isto significa que as famílias terão de consumir o equivalente a 1.847 milhões de euros (valor que inclui 1.647 milhões de euros na compra dos serviços e produtos e 200 milhões de euros suportados em IVA) naqueles três setores para receberem de volta a totalidade dos 200 milhões de euros em IVA e poderem descontar este valor nas compras nos mesmos setores qe sejam realizadas no trimestre seguinte.


Este valor global pressupõe consumos de 1.291,9 milhões de euros em restauração; de 342 milhões de euros em alojamento; e de 175 milhões de euros em atividades culturais, e sequente 'crédito' do IVA suportado que corresponde, pela mesma ordem para os referidos setores, a 161,9 milhões de euros; 27,6 milhões de euros; e 10,5 milhões de euros.


O 'IVAaucher' é uma das medidas inscritas pelo Governo no OE2021 com o objetivo de incentivar o consumo junto de três dos setores mais afetados com a travagem da atividade económica imposta pela pandemia de covid-19.


Com o 'IVAucher' os consumidores poderão acumular o valor correspondente à totalidade (100%) do IVA suportado em gastos naqueles setores durante um trimestre, e 'descontá-lo', no trimestre seguinte, em consumos nesses mesmos setores.


O valor que cada consumidor acumula e desconta não tem limites, segundo referiu já o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, precisou António Mendonça Mendes, sendo apurado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) com base nas faturas comunicadas ao Portal das Finanças.


As estimativas do Governo indicam que com a utilização desta medida os consumidores beneficiem de descontos de cerca de 200 milhões de euros.


https://www.noticiasaominuto.com/economia/1607903/ivaucher-cada-familia-tera-de-gastar-445-euros-para-esgotar-o-plafond

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...

"Bolsa tem risco, depósitos têm certeza de perda"

Maria Luís Albuquerque, comissária europeia para Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, diz ser "indispensável" mobilização da poupança privada para financiar prioridades europeias.  É “indispensável” que haja na Europa uma “mobilização da poupança privada – que tem volumes significativos” – para financiar as “prioridades” europeias, porque, defende Maria Luís Albuquerque, comissária europeia, os “orçamentos públicos não serão suficientes“. A ex-ministra das Finanças, que na Comissão Europeia recebeu a pasta dos Serviços Financeiros e a União da Poupança e do Investimento, assinala que, sobretudo no contexto geopolítico atual, têm de ser dadas condições ao cidadãos para investirem mais nos mercados de capitais – porque “investir nos mercados de capitais tem risco de perda, aplicar poupanças em depósitos a prazo tem tido certeza de perda“. As declarações de Maria Luís Albuquerque foram feitas num evento anual da CMVM, o supervisor do mercado de capitais portu...