Resultados de um novo estudo suportam a controversa teoria da panspermia: a possibilidade de micro-organismos viajarem de um planeta para o outro. Sai “reforçada” a hipótese de que a vida na Terra pode ter sido originada por bactérias vindas do espaço.
Bactérias podem resistir vários anos no espaço. E podem ter vindo de Marte colonizar a Terra
"A vida pode espalhar-se de planeta para planeta ou de sistema estelar para sistema estelar, transportada por meteoros”. A frase é de Stephen Hawking, proferida durante um simpósio em 2009, enquanto falava sobre a hipótese de os humanos virem a encontrar vida alienígena na sua futura aventura pelo Espaço.
A teoria em causa, admitida pelo famigerado físico, leva o nome de panspermia e defende a possibilidade de micro-organismos viajarem de um planeta para o outro através de meteoros ou asteroides, sobrevivendo às inóspitas condições do Espaço.
Gera pouca consensualidade na comunidade científica, mas quem a defende tem vindo a conduzir várias experiências para atestar a resistência dos micro-organismos. Uma delas teve agora os seus resultados publicados e traz “boas notícias”.
De acordo com um estudo da Universidade de Tóquio, no Japão, e da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), uma bactéria terrestre foi capaz de sobreviver três anos no Espaço exterior.
A experiência consistiu em enviar para o Espaço grânulos secos de bactérias para diferentes tempos de exposição: um, dois e três anos, que foram colocados em painéis no exterior da Estação Espacial Internacional. A cada ano eram devolvidas à Terra amostras para análise.
tek paineis de bacterias na ISS
Um braço robótico coloca um contentor com três painéis de bactérias, no exterior da ISS créditos: JAXA/NASA
Os resultados finais mostram que as bactérias Deinococcus sobreviveram aos três anos da experiência.
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