Avançar para o conteúdo principal

Compreender o futuro: Vacinas mRNA

Vacinas mRNA


 Necessidade de uma vacina contra a Covid-19 colocou os holofotes neste novo método de reforço do sistema imunitário

Os especialistas já tinham alertado para esta possibilidade e o pior dos cenários aconteceu mesmo: um novo vírus precisou de poucos meses para infetar mais de 22 milhões de pessoas um pouco por todo o mundo, matando mais de 790 mil pelo caminho. O SARS-CoV-2, responsável pela doença Covid-19, passou a ser o ‘inimigo’ número um de muitos laboratórios de investigação.

A necessidade de uma vacina para imunizar a população, para evitar um maior número de infeções e, acima de tudo, um maior número de mortes, colocou os holofotes num método que está a dar os primeiros passos, mas que se acredita ser uma arma eficaz contra esta e futuras pandemias: as vacinas mRNA.

Nas vacinas ‘tradicionais’ é necessária uma amostra do próprio organismo (vírus ou bactéria) ou da proteína que cria, que é ‘desativada’ ou enfraquecida através de químicos. Quando é introduzida no organismo, o corpo cria anticorpos e aprende a defender-se daquele organismo. Nas vacinas mRNA, o que é introduzido no corpo é um mensageiro de ácido ribonucleico (mRNA na sigla em inglês), que contém informação genética sobre o vírus e engana o corpo para que seja ele próprio a produzir a proteína do ‘visitante’ agressor. E como estas proteínas são ‘solitárias’, não têm capacidade para formar o vírus. Assim que o sistema imunitário do corpo deteta estas proteínas, produz anticorpos de defesa – quando o vírus infetar efetivamente aquela pessoa, o corpo já sabe quais os anticorpos necessários para se defender.

As vacinas mRNA são consideradas, em teoria, mais seguras para o paciente, por não introduzirem elementos infecciosos no corpo, e são também mais rápidas e baratas de produzir, já que não exigem a criação e o enfraquecimento do próprio vírus. Apesar de ainda não ser conhecido o melhor método de administração, as vacinas mRNA podem ser executadas por injeção com ou sem seringa, diretamente no sangue, músculo ou órgão, ou via um spray nasal.

Atualmente existem pelo menos duas vacinas mRNA, entre as dezenas que estão a ser criadas, para combater o novo coronavírus: uma pela empresa americana Moderna e outra pela alemã CureVac. Caso uma destas venha a ser aprovada, será a primeira vacina mRNA a chegar ao mercado.


É importante porque

Por serem mais fáceis e mais rápidas de produzir, as vacinas mRNA podem ter um papel preponderante na contenção de doenças mortais e no salvamento de vidas. Ainda há incertezas relativamente ao método, pela novidade que representa a nível clínico, mas podem ser fundamentais a evitar futuras pandemias

https://visao.sapo.pt/exameinformatica/tutoriais/o-que-e/2020-08-20-compreender-o-futuro-vacinas-mrna/


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

O filme de ficção científica mais assistido da Netflix: Quase 500 milhões de espectadores, mas seu diretor afirma que "os críticos e os guardiões da cultura o odiaram"

 Foi número 1 em 85 países e o centro de uma notável polêmica. Um dos maiores sucessos cinematográficos da Netflix até hoje foi Não Olhe Para Cima, um filme de ficção científica que ainda ocupa o segundo lugar na lista dos filmes de todos os tempos dessa plataforma. No entanto, a Netflix apenas compartilhou dados de visualizações dos primeiros 91 dias, mas agora seu diretor Adam McKay afirmou que na realidade o filme foi visto por quase 500 milhões de espectadores. Número 1 em 85 países McKay concedeu uma entrevista à NME por ocasião dos incêndios que Los Angeles sofreu para, entre outros temas, comentar sobre a importância da mensagem sobre mudanças climáticas que Não Olhe Para Cima traz. Além disso, ele destaca o enorme sucesso que o filme teve, mas também a má recepção por parte da imprensa especializada: "Diante dessas catástrofes dramáticas que continuam acontecendo, um filme parece realmente pequeno e ridículo. Mas o que foi inspirador e energizante foi a resposta popular a ...

Foi criada uma "supermadeira" que é mais forte que o aço

  Primeiro reforçou-se a madeira normal, depois até se conseguiu torná-la transparente. Agora chegamos a um novo ponto Uma empresa americana concebeu um novo tipo de madeira que, segundo afirma, tem uma relação resistência/peso até 10 vezes superior à do aço, sendo também até seis vezes mais leve. A “superwood” acaba de ser lançada como produto comercial, fabricada pela InventWood, uma empresa cofundada pelo cientista de materiais Liangbing Hu. Há mais de uma década, Hu lançou-se numa missão para reinventar um dos mais antigos materiais de construção conhecidos pela humanidade. Enquanto trabalhava no Centro de Inovação de Materiais da Universidade de Maryland, Hu, que agora é professor em Yale, encontrou formas inovadoras de fazer a reengenharia da madeira. Chegou mesmo a torná-la transparente, removendo parte de um dos seus principais componentes, a lignina, que dá à madeira a sua cor e alguma da sua resistência. O seu verdadeiro objetivo, no entanto, era tornar a madeira mais for...