Avançar para o conteúdo principal

Revolução nos super-condensadores pode tornar baterias de lítio obsoletas

Uma novidade que pode revolucionar a área das baterias baseia-se, curiosamente, em tecnologia desenvolvida há quase meio século atrás… para as lentes de contacto.

Na verdade a revolução é sobre um concorrente das baterias: os super-condensadores. Um componente que tem enorme potencial, com tempos de carregamento instantâneos e um número praticamente ilimitado de ciclos de carga/descarga, mas cuja aplicação prática tem sido travada pela baixa densidade energética que conseguem armazenar.

Os super-condensadores atuais têm uma capacidade de apenas 5Wh por quilograma, o que os deixa em completa desvantagem face às baterias de lítio que podem atingir 100Wh/kg.

Contudo, um avanço conseguido à custa de tecnologia emprestada do processo de fabrico das lentes de contacto flexíveis promete melhorar a capacidade dos super-condensadores entre mil e 10 mil vezes! Se isso for conseguido, estaremos perante a revolução das “baterias” que há muito se aguarda.

Para além de obliterarem por completo a capacidade das baterias de lítio, por várias ordens de magnitude, estes super-condensadores transformariam por completo o mundo, pois é preciso ter em conta que superariam até a densidade energética da gasolina (com 2500Wh/kg). Apontando-se para o patamar “inferior” de uma melhoria de apenas mil vezes, estes super-condensadores com polímeros flexíveis conseguiriam logo duplicar a capacidade face aos motores de combustão, e melhorar a autonomia dos automóveis elétricos atuais em 50 vezes.

Antes da histeria coletiva, é preciso aguardar pela chegada de um protótipo em escala real que a empresa promete ter pronto em 2017 – e então veremos se todas as promessas se concretizam.


Em: http://zap.aeiou.pt/revolucao-nos-super-condensadores-pode-tornar-baterias-litio-obsoletas-141112

Comentários

Notícias mais vistas:

A otimização de energia do Paquistão via mineração de bitcoin recebe 3 meses de teste após a rejeição parcial do FMI

  FMI rejeita parcialmente proposta do Paquistão para mineração de Bitcoin com eletricidade subsidiada O Fundo Monetário Internacional (FMI) recusou-se a endossar totalmente a proposta do Paquistão para uma tarifa de eletricidade subsidiada destinada a impulsionar operações de mineração de Bitcoin, segundo noticiou o portal local Lucro a 3 de julho. De acordo com o relatório, Fakhray Alam Irfan, presidente do Comité Permanente de Energia do Senado do Paquistão, revelou que o FMI aprovou apenas um período de alívio de três meses — metade dos seis meses inicialmente propostos — alegando riscos de distorção do mercado e pressão adicional sobre o já sobrecarregado setor energético do país. Esta rejeição parcial reflete o ceticismo mais amplo do FMI relativamente à adoção de criptomoedas a nível nacional. Alertas semelhantes foram dirigidos a outros países, como El Salvador, onde o FMI desaconselhou o envolvimento direto do governo na mineração e acumulação de Bitcoin. Importa referir ...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Um novo visitante interestelar está a caminho do nosso Sistema Solar

O cometa 3I/ATLAS é o terceiro  destes raros visitantes que oferece aos cientistas   uma rara oportunidade de estudar algo fora do nosso Sistema Solar. U m novo objeto vindo do espaço interestelar está a entrar no nosso Sistema Solar. É apenas o terceiro alguma vez detetado e, embora não represente perigo para a Terra, está a aproximar-se - e poderá ser o maior visitante extrassolar de sempre. A  NASA confirmou  esta quarta-feira a descoberta de um novo objeto interestelar que passará pelo nosso Sistema Solar. Não representa qualquer ameaça para a Terra, mas passará relativamente perto: dentro da órbita de Marte. Trata-se apenas do   terceiro objeto interestelar   alguma vez detetado pela humanidade. E este, além de estar a mover-se mais depressa do que os anteriores, poderá ser o maior. Um brilho vindo de Sagitário A 1 de julho, o telescópio  ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) , instalado em Rio Hurtado, no Chile, registou um brilho...