Avançar para o conteúdo principal

O miraculoso grafeno agora até transforma gás de efeito estufa em combustível

O grafeno tem dado provas de toda a sua versatilidade e maravilhado a comunidade científica com as suas diversas aplicações. O material pode mudar radicalmente o mundo com os seus usos na medicina e eletrónica. Agora, o incrível material acaba de ficar ainda mais maravilhoso.

Investigadores da Rice University, nos Estados Unidos, expandiram as capacidades do grafeno, o material que entre outras coisas é o mais leve e resistente de sempre.

Agora, o grafeno pode converter dióxido de carbono em combustível líquido.

Em outubro, investigadores do Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos, tinham desenvolvido acidentalmente um processo que permite transformar poluição em etanol, usando um único catalisador.

Num novo estudo, os investigadores da Rice University descobriram que o grafeno pode passar por uma eletrocatálise, que causa a redução eléctrica do CO2 para combustível líquido de alta energia, criando etileno e etanol.

O processo foi descrito num estudo publicado na Nature Communications.

“O grafeno é essencialmente formado por carbono, que não é um catalizador”, explica o autor principal da pesquisa, Pulickel Ajayan. Então, foi necessário adicionar-lhe átomos de azoto, que induzem reacções químicas em presença da corrente eléctrica e dióxido de carbono.

A grande questão é entender exactamente como isso acontece.

“Tem sido um quebra-cabeças, e apesar de vários artigos terem sido escritos sobre isso nos últimos cinco a dez anos, o quebra-cabeças ainda não foi resolvido”, diz Ajayan.

O grafeno pode tornar-se um poderoso combustível enquanto reduz o nível de CO2 da atmosfera. Mas ainda há muito a ser feito antes que a comercialização do produto aconteça, e os investigadores da Universidade Rice sabem disso.

“Acredito que o que encontramos é fundamentalmente interessante, porque oferece um caminho eficiente para selecionar novos tipos de catalizadores e converter o dióxido de carbono em produtos de maior valor”, diz Ajayan.

Para criar combustível, a indústria actual usa catálise térmica, e não electrocatálise. “Por esse motivo, as empresas provavelmente não vão usá-lo tão cedo para produção em grande escala”, antevê o investigador.

“Mas a electrocatálise pode ser realizada em laboratório com facilidade, e mostrámos que pode ser útil no desenvolvimento de novos catalizadores”, conclui o investigador.

Painéis solares de grafeno que funcionam ao sol e à chuva, filtros revolucionários que podem resolver a crise mundial da água, até o preservativo mais fino do mundo… as aplicações do grafeno não param de surpreender.

http://zap.aeiou.pt/miraculoso-grafeno-agora-ate-transforma-gas-efeito-estufa-combustivel-142943

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

Franceses prometem investir "dezenas de milhões" na indústria naval nacional se a marinha portuguesa comprar fragatas

  Se Portugal optar pelas fragatas francesas de nova geração, a construtora compromete-se a investir dezenas de milhões de euros na modernização do Arsenal do Alfeite e a canalizar uma fatia relevante do contrato diretamente para a economia e indústria nacional, exatamente uma das prioridades já assumidas pelo ministro da Defesa, Nuno Melo Intensifica-se a "luta" entre empresas de defesa para fornecer a próxima geração de fragatas da marinha portuguesa. A empresa francesa Naval Group anunciou esta terça-feira um plano que promete transformar a indústria naval nacional com o investimento de "dezenas de milhões de euros" para criar um  hub  industrial no Alfeite, caso o governo português opter por comprar as fragatas de nova geração do fabricante francês. "O Naval Group apresentou às autoridades portuguesas uma proposta para investir os montantes necessários, estimados em dezenas de milhões de euros, para modernizar o Arsenal do Alfeite e criar um polo industrial...