Avançar para o conteúdo principal

Físicos alcançam supercondutividade em material não-supercondutor

Pela primeira vez, um grupo de investigadores conseguiu realizar a supercondutividade – condutividade elétrica com resistência zero – com um material que não é um supercondutor, demonstrando um conceito proposto em 1970 que nunca tinha sido comprovado.

“Supercondutividade é usada em várias coisas, das quais a ressonância magnética é a mais conhecida”, diz o investigador Paul Chu, da Universidade de Houston, nos EUA.

Os materiais supercondutores também são importantes para a rede de eletricidade das cidades. Atualmente, os materiais utilizados para transmitir eletricidade até nossas casas desperdiçam até 10% da energia durante o percurso – com os novos supercondutores, este número cairia para zero.

A investigação, que demonstra um novo método para aproveitar as interfaces montadas, de modo a induzir a supercondutividade no composto não-supercondutor arsenieto de ferro e cálcio (CaFe2As2), oferece a possibilidade de encontrar supercondutores que funcionam a temperaturas mais altas — a maioria só funciona a temperaturas extremamente baixas.

Os cientistas aqueceram o arsenieto de ferro a 350ºC e, depois, arrefeceram-no lentamente. Esse processo provocou duas fases diferentes no material

Nenhuma das duas fases observadas é supercondutora, mas os especialistas conseguiram detetar a supercondutividade no momento em que as duas fases coexistem.

Segundo Paul Chu, o conceito de que a supercondutividade poderia ser induzida no momento em que dois materiais diferentes se juntam foi proposto em 1970, mas nunca tinha sido demonstrado de forma conclusiva.

O novo estudo, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, conseguiu demonstrar na prática algo que apenas tinha sido explicado em teoria.

Apesar de a temperatura supercondutora da amostra produzida pela experiência tenha sido relativamente baixa, os cientistas afirmam que o método utilizado é um passo significativo na procura de materiais supercondutores mais eficientes e mais baratos.

Com o desenvolvimento desta investigação talvez, no futuro, todos possamos andar em comboios de suspensão magnética.

http://zap.aeiou.pt/fisicos-alcancam-supercondutividade-material-nao-supercondutor-137526

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...

"Bolsa tem risco, depósitos têm certeza de perda"

Maria Luís Albuquerque, comissária europeia para Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, diz ser "indispensável" mobilização da poupança privada para financiar prioridades europeias.  É “indispensável” que haja na Europa uma “mobilização da poupança privada – que tem volumes significativos” – para financiar as “prioridades” europeias, porque, defende Maria Luís Albuquerque, comissária europeia, os “orçamentos públicos não serão suficientes“. A ex-ministra das Finanças, que na Comissão Europeia recebeu a pasta dos Serviços Financeiros e a União da Poupança e do Investimento, assinala que, sobretudo no contexto geopolítico atual, têm de ser dadas condições ao cidadãos para investirem mais nos mercados de capitais – porque “investir nos mercados de capitais tem risco de perda, aplicar poupanças em depósitos a prazo tem tido certeza de perda“. As declarações de Maria Luís Albuquerque foram feitas num evento anual da CMVM, o supervisor do mercado de capitais portu...