A IBM apresentou a iniciativa anual ‘IBM 5 in 5’, cinco inovações científicas e tecnológicas que se prevê que venham a mudar a forma como as pessoas irão trabalhar, viver e interagir nos próximos cinco anos. A iniciativa ‘IBM Next 5 in 5’ baseia-se em tendências sociais e de mercado, bem como nas tecnologias emergentes dos laboratórios de I&D da empresa em todo o mundo.
1. Com a Inteligência Artificial (IA), as nossas palavras irão abrir uma janela para a nossa saúde mental
Hoje em dia, um em cada cinco adultos nos Estados Unidos sofre de algum distúrbio mental, seja neurológico (Alzheimer, Parkinson, etc) ou relacionado com outras doenças como a depressão, bipolaridade, esquizofrenia ou psicose. Mas se o cérebro é uma caixa negra que ainda não compreendemos completamente, então a linguagem é a chave para a conseguirmos desbloquear.
Daqui a cinco anos, o que dizemos e escrevemos será usado como indicador da nossa saúde mental e bem-estar físico. Padrões de fala e de escrita analisados pelos novos sistemas cognitivos, como o IBM Watson, irão fornecer sinais fidedignos de um estágio inicial de doença mental e neurológica, o que pode ajudar médicos e pacientes a melhor prever, monitorizar e acompanhar estes distúrbios.
Os cientistas da IBM estão já a usar áudio e transcrições de entrevistas psiquiátricas, juntamente com técnicas de machine learning e processamento de linguagem natural, para encontrar padrões de fala e ajudar os médicos a prever e monitorizar alguns tipos de psicose, esquizofrenia, mania e depressão. Hoje em dia, bastam 300 palavras para detectar a probabilidade de um paciente vir a sofrer de algum género de psicose.
2. As tecnologias de hyperimaging e de IA vão dar-nos uma ‘visão de super-herói’
Mais de 99,9% do espectro electromagnético não pode ser observado a olho nu. Daqui a cinco anos, novos dispositivos de imagem, que tiram partido de tecnologias de hyperimaging e de IA, irão permitir ver amplamente além do domínio da luz visível, combinando várias bandas do espectro electromagnético para revelar informações valiosas ou potenciais perigos que, de outra forma, estariam ocultos aos nossos olhos.
Mais importante ainda, esses dispositivos serão portáteis e acessíveis, de tal modo que a ‘visão de super-herói’ tornar-se-à parte das nossas experiências diárias.
3. Os macroscópios irão ajudar-nos a entender a complexidade da Terra com infinito detalhe
Hoje, temos apenas um vislumbre sobre este nosso mundo físico interconectado e tão complexo. Reunimos exabytes de dados – mas a sua maioria está desestruturada e desorganizada. Estima-se que 80% do tempo de um investigador seja ocupado a filtrar dados em vez de os analisar e entender.
Devido à Internet das Coisas, novas fontes de dados surgem de milhões de objectos conectados – desde frigoríficos, lâmpadas, drones, câmaras ou satélites. Já existem mais de seis mil milhões de dispositivos conectados, que geram dezenas de exabytes de dados por mês, com uma taxa de crescimento de 30% ao ano.
Em cinco anos, usaremos algoritmos de machine learning e de software que nos ajudarão a organizar informações sobre o mundo físico para ajudar a dar uma nova visão e compreensão a todos esses dados. A este instrumento chamamos ‘macroscópio’, um sistema de software e algoritmos que irá reunir todos os dados complexos da Terra e analisar o seu significado.
Ao agregar, organizar e analisar dados sobre clima, condições do solo, níveis de água e práticas de irrigação, por exemplo, uma nova geração de agricultores terá todo o conhecimento ao seu dispor que lhe permitirá determinar as colheitas ideais, onde plantá-las, sem qualquer desperdício de água.
4. Os laboratórios médicos ‘Lab-on-a-chip’ serão como que detectives na área da saúde para despistar doenças à nanoescala
Na maioria dos casos, quanto mais cedo uma doença é diagnosticada, mais probabilidade existe de cura. No entanto, doenças como o cancro ou Parkinson podem ser difíceis de detectar – até que os sintomas comecem a aparecer. Informações sobre o estado da nossa saúde podem ser retiradas de minúsculas biopartículas em fluídos corporais como saliva, lágrimas, sangue, urina e suor.
Mas as técnicas científicas existentes enfrentam desafios para capturar e analisar essas biopartículas. Nos próximos cinco anos, novos laboratórios médicos – ‘lab-on-a-chip’ – vão servir como detectives de nanotecnologia para a saúde e informam-nos imediatamente se temos razões para consultar um médico.
A tecnologia de laboratório ‘lab-on-a-chip’ poderá, em última instância, ser incorporada num dispositivo portátil conveniente de modo a permitir que as pessoas rapidamente e regularmente meçam a presença de biomarcadores em pequenas quantidades de fluidos corporais, a partir de casa, enviando esta informação por streaming a partir da cloud.
Essa informação poderá ser combinada com dados de outros dispositivos de IoT, como monitores de sono ou medidores de glicémia. As informações recolhidas, quando analisadas em conjunto, darão uma visão em profundidade de nossa saúde e alertar-nos-ão para os primeiros sinais, ajudando a detectar doenças antes que estas progridam.
Na IBM Research, os cientistas estão já a desenvolver nanotecnologias ‘lab-on-a-chip’ que podem separar e isolar biopartículas até 20 nanómetros de diâmetro.
5. Sensores inteligentes irão detectar poluição ambiental à velocidade da luz
A maioria dos poluentes é invisível ao olho humano, até que os efeitos se tornam impossíveis de ignorar. Em cinco anos, novas tecnologias de detecção de gases, implementadas perto de poços de extracção de gás natural, nas instalações de armazenamento e ao longo de condutas de distribuição, permitirão que a indústria identifique em tempo real os vazamentos invisíveis.
Redes de sensores de IoT, conectadas de forma wireless à cloud, fornecerão uma monitorização contínua da vasta infraestrutura de gás natural, permitindo que os vazamentos sejam detectados numa questão de minutos em vez de semanas, reduzindo a poluição e os resíduos e a probabilidade de eventos catastróficos. Na IBM, no centro da investigação nesta área está a ‘Fotónica em Silício’, uma tecnologia que transfere dados pela luz.
Estes chips poderão ser incorporados numa rede de sensores no terreno ou dentro de infraestruturas, ou mesmo em drones, gerando percepções que, quando combinadas com outros dados em tempo real, como dados de satélites e fontes históricas, podem ser usadas para construir modelos ambientais complexos por forma a detectar a origem e a quantidade de poluentes à medida que eles surgem.
http://www.pcguia.pt/2017/01/as-cinco-inovacoes-que-nos-vao-mudar-a-vida-segundo-a-ibm/
1. Com a Inteligência Artificial (IA), as nossas palavras irão abrir uma janela para a nossa saúde mental
Hoje em dia, um em cada cinco adultos nos Estados Unidos sofre de algum distúrbio mental, seja neurológico (Alzheimer, Parkinson, etc) ou relacionado com outras doenças como a depressão, bipolaridade, esquizofrenia ou psicose. Mas se o cérebro é uma caixa negra que ainda não compreendemos completamente, então a linguagem é a chave para a conseguirmos desbloquear.
Daqui a cinco anos, o que dizemos e escrevemos será usado como indicador da nossa saúde mental e bem-estar físico. Padrões de fala e de escrita analisados pelos novos sistemas cognitivos, como o IBM Watson, irão fornecer sinais fidedignos de um estágio inicial de doença mental e neurológica, o que pode ajudar médicos e pacientes a melhor prever, monitorizar e acompanhar estes distúrbios.
Os cientistas da IBM estão já a usar áudio e transcrições de entrevistas psiquiátricas, juntamente com técnicas de machine learning e processamento de linguagem natural, para encontrar padrões de fala e ajudar os médicos a prever e monitorizar alguns tipos de psicose, esquizofrenia, mania e depressão. Hoje em dia, bastam 300 palavras para detectar a probabilidade de um paciente vir a sofrer de algum género de psicose.
2. As tecnologias de hyperimaging e de IA vão dar-nos uma ‘visão de super-herói’
Mais de 99,9% do espectro electromagnético não pode ser observado a olho nu. Daqui a cinco anos, novos dispositivos de imagem, que tiram partido de tecnologias de hyperimaging e de IA, irão permitir ver amplamente além do domínio da luz visível, combinando várias bandas do espectro electromagnético para revelar informações valiosas ou potenciais perigos que, de outra forma, estariam ocultos aos nossos olhos.
Mais importante ainda, esses dispositivos serão portáteis e acessíveis, de tal modo que a ‘visão de super-herói’ tornar-se-à parte das nossas experiências diárias.
3. Os macroscópios irão ajudar-nos a entender a complexidade da Terra com infinito detalhe
Hoje, temos apenas um vislumbre sobre este nosso mundo físico interconectado e tão complexo. Reunimos exabytes de dados – mas a sua maioria está desestruturada e desorganizada. Estima-se que 80% do tempo de um investigador seja ocupado a filtrar dados em vez de os analisar e entender.
Devido à Internet das Coisas, novas fontes de dados surgem de milhões de objectos conectados – desde frigoríficos, lâmpadas, drones, câmaras ou satélites. Já existem mais de seis mil milhões de dispositivos conectados, que geram dezenas de exabytes de dados por mês, com uma taxa de crescimento de 30% ao ano.
Em cinco anos, usaremos algoritmos de machine learning e de software que nos ajudarão a organizar informações sobre o mundo físico para ajudar a dar uma nova visão e compreensão a todos esses dados. A este instrumento chamamos ‘macroscópio’, um sistema de software e algoritmos que irá reunir todos os dados complexos da Terra e analisar o seu significado.
Ao agregar, organizar e analisar dados sobre clima, condições do solo, níveis de água e práticas de irrigação, por exemplo, uma nova geração de agricultores terá todo o conhecimento ao seu dispor que lhe permitirá determinar as colheitas ideais, onde plantá-las, sem qualquer desperdício de água.
4. Os laboratórios médicos ‘Lab-on-a-chip’ serão como que detectives na área da saúde para despistar doenças à nanoescala
Na maioria dos casos, quanto mais cedo uma doença é diagnosticada, mais probabilidade existe de cura. No entanto, doenças como o cancro ou Parkinson podem ser difíceis de detectar – até que os sintomas comecem a aparecer. Informações sobre o estado da nossa saúde podem ser retiradas de minúsculas biopartículas em fluídos corporais como saliva, lágrimas, sangue, urina e suor.
Mas as técnicas científicas existentes enfrentam desafios para capturar e analisar essas biopartículas. Nos próximos cinco anos, novos laboratórios médicos – ‘lab-on-a-chip’ – vão servir como detectives de nanotecnologia para a saúde e informam-nos imediatamente se temos razões para consultar um médico.
A tecnologia de laboratório ‘lab-on-a-chip’ poderá, em última instância, ser incorporada num dispositivo portátil conveniente de modo a permitir que as pessoas rapidamente e regularmente meçam a presença de biomarcadores em pequenas quantidades de fluidos corporais, a partir de casa, enviando esta informação por streaming a partir da cloud.
Essa informação poderá ser combinada com dados de outros dispositivos de IoT, como monitores de sono ou medidores de glicémia. As informações recolhidas, quando analisadas em conjunto, darão uma visão em profundidade de nossa saúde e alertar-nos-ão para os primeiros sinais, ajudando a detectar doenças antes que estas progridam.
Na IBM Research, os cientistas estão já a desenvolver nanotecnologias ‘lab-on-a-chip’ que podem separar e isolar biopartículas até 20 nanómetros de diâmetro.
5. Sensores inteligentes irão detectar poluição ambiental à velocidade da luz
A maioria dos poluentes é invisível ao olho humano, até que os efeitos se tornam impossíveis de ignorar. Em cinco anos, novas tecnologias de detecção de gases, implementadas perto de poços de extracção de gás natural, nas instalações de armazenamento e ao longo de condutas de distribuição, permitirão que a indústria identifique em tempo real os vazamentos invisíveis.
Redes de sensores de IoT, conectadas de forma wireless à cloud, fornecerão uma monitorização contínua da vasta infraestrutura de gás natural, permitindo que os vazamentos sejam detectados numa questão de minutos em vez de semanas, reduzindo a poluição e os resíduos e a probabilidade de eventos catastróficos. Na IBM, no centro da investigação nesta área está a ‘Fotónica em Silício’, uma tecnologia que transfere dados pela luz.
Estes chips poderão ser incorporados numa rede de sensores no terreno ou dentro de infraestruturas, ou mesmo em drones, gerando percepções que, quando combinadas com outros dados em tempo real, como dados de satélites e fontes históricas, podem ser usadas para construir modelos ambientais complexos por forma a detectar a origem e a quantidade de poluentes à medida que eles surgem.
http://www.pcguia.pt/2017/01/as-cinco-inovacoes-que-nos-vao-mudar-a-vida-segundo-a-ibm/
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