Avançar para o conteúdo principal

Supremo dá razão a funcionário do Continente que foi suspenso e multado em meio salário por não pagar saco de plástico



 Um funcionário do Continente, que em 2021 foi apanhado a levar um saco de plástico do supermercado sem o pagar, foi suspenso por 15 dias, perdendo também metade do seu salário e antiguidade. O caso foi levado ao Supremo Tribunal de Justiça, que, numa decisão de 8 de maio, anulou a sanção a disciplinar, por a considerar “desproporcional”, conta o “Jornal de Notícias”, esta quarta-feira.


Considerando o castigo demasiado severo, o trabalhador – que justificou que precisava do saco para transportar a farda de trabalho para casa – recorreu ao Tribunal de Sintra para contestar a decisão, pedindo uma indemnização no valor de 3500 euros. O tribunal considerou a punição “proporcional, adequada e necessária”.


O funcionário recorreu para a Relação de Lisboa, que lhe deu razão e condenou a ré a repor os dias de suspensão e a pagar as retribuições que lhe tinham sido retiradas.


Após a decisão da Relação, foi o Continente que decidiu recorrer para o Supremo, que concluiu que o prejuízo que a empresa viria a ter era desproporcional em relação à perda de meio salário do trabalhador, que “por si só já era reduzido”. A sanção aplicada foi de 367,5 euros, sendo o salário deste ”operador especializado" de 735 euros.


Sobre este processo, fonte oficial do Continente adiantou ao Expresso que “o colaborador em causa já não está ao serviço da empresa, tendo trabalhado na nossa organização durante 23 anos, até atingir a idade da sua reforma”. A mesma fonte esclareceu que “durante a sua colaboração com a empresa”, o trabalhador em causa “foi alvo de outros processos” e deles “foi motivado pela tentativa de furto de um produto que se encontrava à venda na loja”.


A empresa acrescenta “que a decisão disciplinar aplicada pela empresa foi confirmada pelo Tribunal de Cascais” e que “a sua licitude mereceu pareceres favoráveis por parte do Ministério Público junto do Tribunal da Relação de Lisboa e do Supremo Tribunal de Justiça”.


Supremo dá razão a funcionário do Continente que foi suspenso e multado em meio salário por não pagar saco de plástico - Expresso


Comentário do Wilson:

é por isso que sou mais Pingo Doce.

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...