Avançar para o conteúdo principal

Carro a Autogás vs. carro elétrico: Qual a melhor opção?

 


Conheça os prós e contras dos carros a GPL Autogás e dos carros elétricos, duas alternativas mais ecológicas e económicas.

A preocupação com o meio ambiente e os desenvolvimentos no setor automotivo levam os consumidores a reconsiderar as suas opções de transporte. Os carros a GPL Autogás e os carros elétricos são dois concorrentes notáveis neste contexto.

Neste artigo, vamos explorar ambas as opções e abordar os prós e contras de cada uma, ajudando assim os leitores a tomarem decisões mais informadas e conscientes.

Carros a GPL Autogás: O que são?

Os carros a Autogás são carros movidos a gás de petróleo liquefeito (GPL), que é uma mistura de hidrocarbonetos como buteno, butano, propeno e propano. Este combustível automotivo é um combustível gasoso inflamável e inodoro que se liquefaz sob pressão e fica menos denso do que a água.

Desta forma, surgiram então veículos a GPL Autogás, que podem ser bi-fuel – a GPL e a gasolina – ou até tri-fuel: a GPL, gasolina e eletricidade.

Leia ainda: Como funciona um carro a GPL Autogás?

Quais as vantagens dos carros a Autogás?

Ao contrário dos veículos a combustão convencionais, os carros a Autogás são mais económicos e menos poluentes. Compreenda as vantagens principais:

Custo inicial

O preço inicial dos carros a Autogás poderá ser mais elevado quando comparado com a versão simples a gasolina mas mais acessível quando comparado com os carros elétricos.

Menores custos de abastecimento

A principal vantagem dos carros a Autogás é que os abastecimentos são mais em conta. Em comparação com os combustíveis tradicionais, o GPL Autogás é cerca de 50% mais barato por litro.

Boa infraestrutura de abastecimento

A rede de postos de abastecimento a GPL Autogás tem crescido significativamente nos últimos anos, proporcionando uma maior conveniência aos condutores. Existem, atualmente, 397 postos de combustível com GPL em Portugal.

Menos emissões de poluentes

O Autogás é refinado e não contém depósitos, ao contrário dos restantes combustíveis tradicionais. Emite menos 10% de CO₂ do que um carro a gasolina e menos 60% do que um carro a gasóleo.

Menor desgaste

Como não contém impurezas, o Autogás não danifica tanto os componentes do motor, acabando assim por reduzir o nível de desgaste do veículo.

Boa performance

O desempenho de um veículo não é comprometido com o GPL, pelo que um carro a Autogás tem praticamente a mesma potência do que um veículo a gasolina.

Quais as limitações dos carros a GPL Autogás?

Apesar das várias vantagens mencionadas, os carros a Autogás também possuem algumas restrições, tais como:

Custo da conversão

A conversão de um carro para GPL Autogás varia dependendo do tipo de veículo, cilindrada, potência e sistema de ignição (gasolina ou gasóleo). As alterações/adaptações necessárias ao veículo habitualmente acarretam um custo proporcional entre 1.000 e 3.000 euros, que se vai amortizando de acordo com a frequência de uso da viatura.

Leia ainda: Como realizar a conversão do meu carro para GPL Autogás?

Consumos

Ainda que os carros a Autogás tenham a mesma potência do que os carros a gasolina, estes precisam de gastar mais combustível para produzir a mesma quantidade de energia.

Emissões para o meio ambiente

Ao contrário dos veículos elétricos, os carros a Autogás ainda emitem algumas emissões para o meio ambiente, o que pode ser uma desvantagem. No entanto, o número de emissões para o meio ambiente deste tipo de veículos é significativamente inferior comparado com os combustíveis tradicionais.

Carros elétricos: O que são?

Já os carros elétricos, como o próprio nome indica, são carros movidos a energia elétrica, existindo carros 100% elétricos, híbridos plug-in (elétricos e com motor a gasolina ou gasóleo), ou híbridos sem plug-in, nos quais o motor elétrico funciona como um apoio ao motor a combustão.

Os motores elétricos não têm partes móveis e grande parte destes veículos contam com sistemas de regeneração incorporados, permitindo aproveitar as travagens para gerar energia e carregar uma parte da bateria.

Quais os benefícios dos carros elétricos?

Os veículos elétricos não poluem tanto quanto os veículos a combustão, sendo portanto opções mais ecológicas. Compreenda as vantagens principais:

Maior economia

Carregar um carro elétrico custa menos cerca de um ⅓ por quilómetro do que um carro a combustão.

Zero emissões

Como não emitem poluentes durante a condução, os carros elétricos contribuem para a redução da pegada de carbono e melhoram a qualidade do ar local.

É possível carregar o veículo em casa

Ao instalar uma wallbox em casa, pode carregar o seu carro elétrico durante a noite sem se preocupar em ter de encontrar um ponto de carregamento público.

Benefícios fiscais

A compra de um veículo totalmente elétrico oferece vários benefícios fiscais, incluindo a isenção do pagamento do Imposto Sobre Veículos e do Imposto Único de Circulação (IUC). Além disso, existem certas autarquias que permitem estacionamento gratuito para veículos elétricos.

Leia ainda: Dístico azul nos carros elétricos já não é obrigatório

Condução silenciosa

Os carros elétricos não são tão ruidosos quanto os carros a combustão. Para reduzir o risco de acidentes com peões, a UE estabeleceu um regulamento para carros elétricos que obriga a um ruído mínimo de 56 decibéis quando a velocidade está abaixo dos 30 km/h.

Quais as limitações dos carros elétricos?

Os carros elétricos também possuem algumas limitações. Estas são as principais:

Preço elevado

O preço de um carro elétrico é significativamente superior do que o de um carro a combustão ou a Autogás.

Autonomia

A principal limitação de conduzir carros elétricos é a autonomia. Ao contrário da condução pela cidade em que a autonomia dos carros elétricos é suficiente, em viagens longas é necessário planear bem as paragens para carregar o carro. No entanto, é importante destacar que os constantes avanços tecnológicos têm permitido a produção de carros elétricos com autonomias cada vez maiores.

Infraestrutura de recarga em desenvolvimento

Apesar de estar em expansão, a infraestrutura de recarga de carros elétricos ainda não é tão prevalente quanto os postos de abastecimento a Autogás.

Carro a GPL Autogás ou carro elétrico. Afinal, qual compensa mais?

Se estiver indeciso entre comprar um carro a GPL Autogás ou elétrico, há uma série de fatores que deve considerar, nomeadamente o uso diário do carro. Comparativamente com os restantes combustíveis tradicionais, as duas opções são mais económicas nas deslocações do dia-a-dia. No entanto, o investimento num carro elétrico é superior ao dos carros a Autogás.

Outro ponto importante a considerar é a realização frequente de viagens longas. Nestas situações, um carro a Autogás compensa mais porque é só parar, abastecer e continuar a viagem. Por outro lado, um carro elétrico leva mais tempo para carregar.

Já em questões de sustentabilidade, os carros elétricos ganham. No entanto, os carros movidos a Autogás não lhes ficam nada atrás, importando ressalvar que o número de emissões que emitem para o meio ambiente é significativamente menor do que os combustíveis tradicionais.

Assim sendo, não existe uma resposta considerada certa quando questionamos qual destes veículos compensa mais. Esta é uma decisão que está dependente de uma série de fatores e daquilo que cada um prioriza mais na sua rotina diária. Mas uma coisa é certa - ambas são alternativas mais ecológicas e económicas em relação aos combustíveis tradicionais, por isso qualquer decisão que tome será vantajosa para o seu bolso e para o meio ambiente.

Leia ainda: Mitos e dúvidas sobre o GPL Autogás

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.


Carro a Autogás vs. carro elétrico: Qual a melhor opção? (doutorfinancas.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Motor de desenvolvimento ou de danos irreparáveis? Parque solar planeado para Portugal abre polémica

    Vista da central solar de Serpa, no sul de Portugal, quarta-feira, 28 de março de 2007.  -    Direitos de autor    ANTONIO CARRAPATO/AP2007 Direitos de autor ANTONIO CARRAPATO/AP2007 A empresa por detrás do projeto promete "conciliar a produção de energia renovável com a valorização ambiental do território". Ainda assim, as associações ambientalistas e os municípios têm-se insurgido contra a implantação do Parque Solar Fotovoltaico Sophia. Quais os motivos? Um novo projeto solar, que será sediado no distrito português de Castelo Branco, está a ser amplamente contestado tanto pelas associações ambientalistas como pelos próprios municípios. Chama-se Parque Solar Fotovoltaico Sophia e, segundo anunciado no  site da empresa por detrás da iniciativa , a Lightsource bp, o seu objetivo passa por " conciliar a produção de energia renovável com a valorização ambiental do território  e benefícios duradouros para as comunidades locais". Tratar-...

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias