Avançar para o conteúdo principal

Soares dos Santos: "A fraca qualidade dos nossos políticos obriga-nos a pensar se não devemos mudar enquanto sociedade"


O presidente do grupo Jerónimo Martins, Pedro Soares Santos, à chegada para a apresentação dos resultados de 2022, na sede daquele grupo em Lisboa, 23 de março de 2023. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA


 O presidente da Jerónimo Martins defende que nas eleições do próximo domingo "seria bom alguma mudança". Pedro Soares dos Santos diz que o problema do país tem sido "a falta de qualidade" da gestão.


As eleições estão “mesmo à porta” e, por isso, Pedro Soares dos Santos quis ser “contido” nas palavras. Questionado sobre os possíveis resultados das legislativas, o presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins sublinhou que “sem boa gestão não há resultados”. E defendeu que “seria bom alguma mudança”.


“Neste momento, a fraca qualidade dos nossos políticos obriga-nos a pensar se não devemos mudar enquanto sociedade”, começou por dizer, na conferência de apresentação dos resultados da dona do Pingo Doce, que revelou esta quarta-feira lucros de 756 milhões de euros. Soares dos Santos considerou que o problema do país não é a falta de dinheiro mas antes “a falta de qualidade e a falta de gestão das pessoas”.


“Se os nosso políticos, nos últimos 20 anos, tivessem sabido responder às necessidades do país, Portugal tinha crescido e não tinha estagnado”. Face a isto, conclui Soares dos Santos, “acho que seria bom alguma mudança”.


Questionado sobre o que deveria mudar, em concreto, Soares dos Santos acrescentou apenas que “cada um tem de refletir se gosta ou não do que está a viver. Ou a sociedade como um todo entende que vale a pena mudar, ou se não entende não se muda. É um problema da sociedade como um todo, não é de pessoas. Se acham que é preciso mudar que tenham coragem de assumir e lutar por essa diferença”.


Soares dos Santos: “A fraca qualidade dos nossos políticos obriga-nos a pensar se não devemos mudar enquanto sociedade” – Observador


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...