Avançar para o conteúdo principal

Espanha mexe na “bazuca” para conquistar produção de automóveis e baterias


Espanha vai mexer no PERTE (equivalente ao nosso PRR), para torná-lo mais flexível e focar incentivos na produção de elétricos no país.

Cupra urban rebel frente 3/4
© CUPRA

O Governo espanhol parece continuar focado na atração e manutenção da indústria automóvel no país. Mesmo depois do fracasso da ronda inicial do PERTE (Projetos Estratégicos para a Recuperação e Transformação Económica), na qual apenas foram executados 27% dos 2,9 mil milhões de euros destinados ao setor automóvel.

O executivo liderado por Pedro Sánchez, está agora a preparar uma nova versão da sua «bazuca», com regras mais flexíveis e concentrada nos incentivos à produção de veículos elétricos no país. Este programa espanhol é o equivalente ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) em Portugal.

Volkswagen id. 2all, perfil
© Volkswagen O Volkswagen ID.2All é um dos elétricos a produzir em Espanha, na fábrica de Martorell da SEAT S.A.

De acordo com a Reuters, tanto a Volkswagen como a Renault já anunciaram a intenção de concorrer aos fundos do renovado PERTE, com o objetivo de acelerar a transformação das suas fábricas para a produção de veículos elétricos. A Stellantis poderá ser outra das interessadas, avança a agência.

Milhares de Milhões para a indústria automóvel espanhola

O Governo espanhol espera que a renovada «bazuca», que conta com fundos de apoio à pandemia da União Europeia, ajude o país a permanecer na corrida pela atração de produção de veículos elétricos.

Recordamos que Espanha é o segundo maior produtor de automóveis na Europa. Em causa está um novo plano, que estará em marcha até julho, no valor de dois mil milhões de euros.

Espanha tentou o melhor que pode com o primeiro (PERTE), mas precisamos garantir que o segundo seja muito melhor e mais flexível.

Wayne Griffiths, diretor executivo da SEAT S.A. e presidente da ANFAC

Dito isto, o Grupo Volkswagen apresentará um novo pedido ao PERTE, que deverá implicar um reforço na produção de veículos elétricos ou na montagem de baterias em Espanha.

Recordamos que, recentemente, Espanha já conquistou uma fábrica de baterias que poderia ter vindo para Portugal e que Martorell, a fábrica irmã da Autoeuropa, vai produzir carros elétricos enquanto a unidade portuguesa ainda não tem qualquer tipo de planos nesse sentido.

Também a Renault, que recebeu 40 milhões de euros na primeira fase do PERTE, vai novamente requisitar fundos a este mecanismo, declarou Josep Maria Recasens, diretor de estratégia da Renault Espanha. Dependendo do cronograma e das condições, a Renault pode decidir fabricar mais carros híbridos em Espanha, refere esta fonte.

Renault Austral Esprit Alpine perfil
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel O Renault Austral é produzido na fábrica do construtor em Palencia, Espanha

Esta mudança nas regras do «PRR» espanhol já obteve autorização por parte da Comissão Europeia. A fraca execução do plano inicial, levou à demissão de dois altos funcionários do Governo espanhol. 


Espanha mexe na "bazuca" para conquistar produção de automóveis e baterias (razaoautomovel.com)


Comentários

Enviar um comentário

Notícias mais vistas:

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Largo dos 78.500€

  Políticamente Incorrecto O melhor amigo serve para estas coisas, ter uns trocos no meio dos livros para pagar o café e o pastel de nata na pastelaria da esquina a outros amigos 🎉 Joaquim Moreira É historicamente possível verificar que no seio do PS acontecem repetidas coincidências! Jose Carvalho Isto ... é só o que está á vista ... o resto bem Maior que está escondido só eles sabem. Vergonha de Des/governantes que temos no nosso País !!! Ana Paula E fica tudo em águas de bacalhau (20+) Facebook

Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin

 Em 2010, o criador do Bitcoin antecipou os perigos que a computação quântica poderia trazer para o futuro da criptomoeda e apresentou sugestões para lidar com uma possível quebra do algoritmo de criptografia SHA-256. Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin Um novo avanço no campo da computação quântica deixou a comunidade de criptomoedas em alerta sobre a possibilidade de quebra do algoritmo de criptografia SHA-256 do Bitcoin BTC, comprometendo a integridade das chaves privadas e colocando os fundos dos usuários em risco. Em 9 de dezembro, o Google apresentou ao mundo o Willow, um chip de computação quântica capaz de resolver, em menos de cinco minutos, problemas computacionais insolúveis para os supercomputadores mais avançados em uso nos dias de hoje. Apesar do alarde, Satoshi Nakamoto, o visionário criador do Bitcoin, já antecipara a ameaça quântica e sugerira duas medidas para mitigá-la. Em uma postagem no fórum Bitcoin Talk em junho de 2010, Sa...