Piratas informáticos ucranianos enganam esposas de pilotos russos suspeitos do ataque ao teatro de Mariupol
Um grupo de piratas informáticos ucranianos enganou as mulheres de 12 pilotos russos, convencendo-as a posar para uma sessão fotográfica “patriótica” para “aumentar a moral” dos seus maridos, vestindo os seus uniformes e revelando, desta forma, detalhes sobre os militares, noticia o jornal ucraniano “Kyiv Post”.
Estes 12 pilotos estarão envolvidos no bombardeamento ao Teatro de Mariupol, em março do ano passado, onde estavam abrigados cerca de mil civis. O ataque russo provocou a morte de pelo menos 300 ucranianos, segundo o balanço das autoridades locais de Mariupol, cidade portuária no sul do país.
Os piratas informáticos do grupo “Cyber Resistance” conseguiram piratear o email do comandante Sergey Atroshchenko do 960.º Regimento de Aviação de Assalto da Rússia, fazendo-se passar por ele e pedindo à esposa do coronel para organizar uma sessão fotográfica para um calendário com as restantes mulheres, de forma a “aumentar o moral” dos pilotos.
A história é avançada pelo InformNapalm, uma iniciativa voluntária que segue as atividades do exército russo com o objetivo de informar sobre a guerra na Ucrânia. A esposa de Atroshchenko terá então caído na armadilha e cedido, sem saber, ao pedido do “Cyber Resistance”. Na sessão fotográfica, as 12 mulheres vestem os uniformes, ostentando as condecorações militares dos seus companheiros.
Desta forma, escreve o “Kyiv Post”, 12 pilotos de combate de um esquadrão de elite da Força Aérea do Kremlin foram expostos a possíveis acusações de crimes de guerra. Apesar de não terem sido revelados os nomes dos militares russos, foram trazidas a público pistas, tais como os seus uniformes e condecorações militares, e a identidade das companheiras.
Comentários
Enviar um comentário