Avançar para o conteúdo principal

Desmembramento do Alibaba aumenta esperanças de fim da repressão regulatória chinesa


Logo do Grupo Alibaba em prédio da empresa em Pequim 05/01/2021 REUTERS/Thomas Peter


 Por Ankur Banerjee


(Reuters) - Os planos do Grupo Alibaba para uma grande reestruturação foram vistos como um sinal de que a repressão regulatória de Pequim sobre as empresas está chegando ao fim, o que impulsionou suas ações e aumentou a confiança dos investidores sobre as perspectivas para as empresas de tecnologia chinesas.


O conglomerado fundado por Jack Ma disse na terça-feira que planeja se dividir em seis unidades e explorar captações de recursos ou listagens para a maioria delas, marcando a maior reestruturação em seus 24 anos de história.


As ações do Alibaba listadas em Hong Kong fecharam em alta de 12%, seguindo uma alta em seus papéis listados nos Estados Unidos e dando ao grupo um valor de mercado de cerca de 255 bilhões de dólares. Esses ganhos impulsionaram o índice Hang Seng e outros mercados da região.


Muitos investidores têm visto uma onda de repressões regulatórias nos últimos anos atingir duramente seus setores de internet, educação e propriedade privada como uma grande nuvem pairando sobre o setor privado da China.


"Achamos que isso provavelmente é um sinal de que estamos nos aproximando do fim da repressão regulatória... e esperamos que a empresa volte às boas graças dos reguladores e das autoridades depois disso", disse Jon Withaar, chefe de situações especiais para a Ásia na Pictet Asset Management.


O Alibaba discutirá o plano em uma teleconferência na quinta-feira.


O grupo vem planejando separar unidades de negócios individuais há muito tempo, segundo duas fontes familiarizadas com o pensamento da empresa.


"Houve um consenso dentro e fora do Alibaba de que a ação estava sendo negociada com um grande desconto em relação ao valor inerente dos negócios", disse uma das fontes, acrescentando que a empresa havia se tornado "muito inchada".


A fonte disse que haveria cinco ofertas públicas iniciais (IPOs) das unidades, enquanto Taobao e Tmall, os principais impulsionadores de receita do Alibaba, permaneceriam com a entidade listada atual.


Hong Kong é o local mais provável para esses IPOs, disse a pessoa, e uma outra fonte familiarizada com as transações de mercado de capitais de empresas de tecnologia chinesas.


As fontes não quiseram ser identificadas porque a informação não era pública. O Alibaba não respondeu a um pedido de comentário.


(Reportagem de Josh Horwitz, em Xangai; Kane Wu, Selena Li, Donny Kwok e Julie Zhu, em Hong Kong; Anirban Sen, em Nova York; Ken Li e Ankur Banerjee, em Cingapura)


Desmembramento do Alibaba aumenta esperanças de … | Antena 1


Comentários

Notícias mais vistas:

ET15 é o novo drone português para «missões de emergência médica, defesa nacional e resposta a crises humanitárias em zonas de guerra»

  Na lista de características técnicas deste drone português estão «sensores de navegação avançados e georreferenciação em tempo real». Consegue transportar um máximo de quinze quilos e tem autonomia para cem quilómetros: o ET15 é um drone com o aspecto de um avião, com dois motores a hélice e capacidade VTOL, desenvolvido pela startup nacional Eliot, em parceria com a Rangel Logistics Solutions. A empresa descreve-o como uma «solução logística aérea de baixo custo» preparada para aterrar em «zonas de acesso limitado». Entre as principais aplicações do ET15 estão missões de «emergência médica, defesa nacional e resposta a crises humanitárias em zonas de guerra», com a Eliot a garantir que consegue operar de «forma rápida, segura e silenciosa». Na lista de características técnicas deste drone português estão «sensores de navegação avançados, georreferenciação em tempo real, compartimentos dedicados a transportes de carga sensível [como “sangue, tecidos, medicamentos ou órgãos para t...

Condomínio condenado a pagar 450 mil euros pela morte de três alunos esmagados por um muro em Braga

 A Câmara de Braga, que também era ré no processo, foi absolvida. O muro em questão era uma estrutura que, desde 1996, acolhera as caixas de correio de um prédio ali existente, mas que, em 2012, deixou de ter qualquer utilidade. A administração do condomínio tinha sido alertada para o estado de degradação O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga fixou em 150 mil euros o valor da indemnização a pagar aos pais de cada um dos três estudantes da Universidade do Minho que morreram esmagados por um muro, em 2014. Por sentença de 18 de junho, a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira e que surge mais de um ano depois do início do julgamento, o tribunal determinou que a indemnização seja paga pela empresa administradora de condomínio responsável pela construção, sem licenciamento camarário, do referido muro, para acolher as caixas de correio de um prédio. O pagamento será assegurado pelo condomínio e respetivas seguradoras. A Câmara de Braga, que também era ré no processo, foi absolvid...

Habitação a custos controlados: novas medidas do Governo

 O Governo ajustou as regras da habitação a custos controlados para refletir os aumentos nos custos de construção e atrair mais promotores Com os custos de construção, energia e terrenos a subir nos últimos anos, muitos projetos de habitação acessível deixaram de ser viáveis. Para dar resposta a esta realidade, o Governo decidiu atualizar as regras da habitação a custos controlados, ajustando os limites de custo e tornando o regime mais atrativo para quem quer construir ou reabilitar casas com preços mais baixos. A medida foi publicada na Portaria n.º 265/2025/1 e entra em vigor já este mês. Esta é a terceira revisão da legislação original, criada em 2019, e tem como objetivo adaptar o regime à nova realidade do mercado. O que muda? A principal alteração está na forma como se calcula o custo de promoção (CP) por metro quadrado — ou seja, quanto pode custar a construção de uma casa ao abrigo deste regime. A fórmula foi atualizada para ter em conta: O aumento dos custos de construção...