Avançar para o conteúdo principal

GNR inclui brinquedo de criança "DJI TELLO" nos pedidos de autorização para vigiar floresta por drone.



 A prevenção de incêndios tem vindo a ser feita pela GNR com recurso a drones. Como sabemos Portugal é um país de risco no que diz respeito a incêndios. Nesse sentido, existe uma aposta forte na fiscalização e prevenção de incêndios rurais.


GNR não pode usar o Drone DJI TELLO

Desde maio que a GNR fiscaliza, com recurso a 14 drones, áreas florestais das freguesias identificadas como prioritárias, para fiscalização e prevenção de incêndios rurais, identificando fogos nas fases iniciais e vigiando eventuais reacendimentos, veículos autorizados pela comissão de proteção de dados.


No que diz respeito ao pedido de autorização, a GNR solicitou à Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), que emitiu parecer, em 09 de junho, concluindo nada haver a opor quanto à utilização pela GNR do sistema de videovigilância, para a finalidade declarada e no que respeita à proteção de dados pessoais, exceto quanto a um dos “drones”.


[nada a opor…] Com exceção de um equipamento – o modelo “Drone DJI TELLO” – em relação ao qual não estabelecem medidas mitigadoras do risco de identificação dos cidadãos e de afetação dos seus direitos, liberdades e garantias


Segundo a CNPD, as características técnicas do drone excecionado pela comissão não cumprem uma das medidas mitigadoras dos riscos declaradas na avaliação de impacto sobre a proteção de dados (AIPD), anexa ao pedido de parecer, relativas à altitude de voo, dado que a altitude máxima é de 30 metros.


A presidente da CNPD, Filipa Calvão, refere que, relativamente à operação dos drones, as câmaras captam apenas imagens, visualizadas em tempo real pelo operador da aeronave no “hardware” próprio do equipamento, “não existindo transmissão” de dados para qualquer outro local, nem gravação de imagens ou captação de som, e específica que operam a uma altitude média de 100 metros do solo, sem efetuar nenhuma identificação pessoal, “mas apenas visualização dos espaços”.


https://pplware.sapo.pt/planeta/gnr-usa-14-drones-para-fiscalizar-areas-florestais-prioritarias/


Comentário do Wilson:

Lembro-me que a altura máxima oficial de vôo do DJI Tello era de 10 metros e a altura real medida por vários youtubers não passou dos 6 metros apenas, muito menos do que os 50 metros que algumas árvores conseguem atingir. O que aliás é consistente com a tecnologia utilizada pois por motivos de segurança o drone não sobe para além da capacidade do seu sensor inferior que é normalmente utilizado para aterragens nos outros drones, uma vez que o Tello não tem GPS.

Na verdade o Tello não passa de um brinquedo de criança de 100 Euros pensado para voar no interior (com os seus "para-choques") e não no exterior onde é muito suscetível a ventos e cuja bateria não duraria muito mais de 7 minutos no exterior.


Quanto aos restantes drones não há informação se tem câmaras térmicas ou não, mas pela inclusão do brinquedo admito que os restantes drones seja normais, sem a fundamental câmara térmica para evidenciar as ignições ou mesmo para operações de socorro.


Com drones normais a única coisa que podem ver é se há fumo (com bom tempo), o que já é melhor do que nada.


Estamos a falar de pouco mais de uma dezena de drones para todo o país e provavelmente nenhum deles devidamente equipado com câmara térmica e se calhar pilotados manualmente em vez de ter uma rotina pré-programada de vôo autónomo e análise de imagem por algoritmo automatizado e comparativo. Mas para isso teria de haver gravação de imagem para as comparar com as anteriores.

Como não há gravação nem transmissão de imagem então se calhar os militares estão restringidos ao minúsculo ecrã do telemóvel ou telecomando para visualizar uma floresta inteira enquanto pilotam.


Esta notícia até me faria rir se o assunto não fosse tão sério.


Comentários

Enviar um comentário

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Quanto custou o perdão presidencial do fundador da Binance?

  O perdão presidencial de CZ, fundador da Binance, foi concedido por Donald Trump na quinta-feira, 23 de outubro, após uma campanha de lobby que custou US$ 860.000 à exchange de criptomoedas. A decisão encerra a condenação de Changpeng Zhao por violações das leis antilavagem de dinheiro nos Estados Unidos, crime pelo qual ele cumpriu quase quatro meses de prisão em 2024 e pagou US$ 50 milhões em multas. O mercado reagiu imediatamente ao anúncio, com o BNB, token nativo da Binance, subindo para US$ 1.173,08 no momento da redação deste artigo, consolidando sua posição como a quarta maior criptomoeda por capitalização de mercado, segundo o CoinGecko.  Em novembro de 2023, CZ se declarou culpado por violações das leis antilavagem de dinheiro dos Estados Unidos. Como parte do acordo judicial, ele renunciou ao cargo de CEO da Binance e cumpriu quase quatro meses de prisão em 2024. Além disso, CZ pagou uma multa pessoal de US$ 50 milhões, enquanto a Binance foi multada em impression...

Supercarregadores portugueses surpreendem mercado com 600 kW e mais tecnologia

 Uma jovem empresa portuguesa surpreendeu o mercado mundial de carregadores rápidos para veículos eléctricos. De uma assentada, oferece potência nunca vista, até 600 kW, e tecnologias inovadoras. O nome i-charging pode não dizer nada a muita gente, mas no mundo dos carregadores rápidos para veículos eléctricos, esta jovem empresa portuguesa é a nova referência do sector. Nasceu somente em 2019, mas isso não a impede de já ter lançado no mercado em Março uma gama completa de sistemas de recarga para veículos eléctricos em corrente alterna (AC), de baixa potência, e de ter apresentado agora uma família de carregadores em corrente contínua (DC) para carga rápida com as potências mais elevadas do mercado. Há cerca de 20 fabricantes na Europa de carregadores rápidos, pelo que a estratégia para nos impormos passou por oferecermos um produto disruptivo e que se diferenciasse dos restantes, não pelo preço, mas pelo conteúdo”, explicou ao Observador Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging...