Avançar para o conteúdo principal

Reino Unido: torres 5G incendiadas devido a teorias da conspiração sobre Covid-19


Uma das teorias que tem vindo a ganhar força e adeptos na Internet é de que a tecnologia 5G é responsável pelo surto do coronavírus e no Reino Unido há locais onde as torres estão a ser queimadas e os técnicos de redes ofendidos

Pelo menos três torres 5G foram queimadas na semana passada e as autoridades chamadas para tomar conta da ocorrência e apagar as chamas. Os incidentes parecem estar relacionados com a teoria da conspiração de que a nova tecnologia de comunicações é responsável pelo surto do novo coronavírus. Apesar de a BBC referir apenas estes três incidentes, fonte da Vodafone Reino Unido revela que registou ataques contra quatro das suas torres apenas em 24 horas.

Os ataques nem sempre têm sido direcionados às torres 5G, com uma das torres de LTE de Birmingham a também ter aparecido queimada. A EE, operadora que detem esta infraestrutura, explica que a torre “servia milhares de pessoas na área de Birmingham, ao fornecer ligações vitais 2G, 3G e 4G como sempre fez, há anos. Vamos trabalhar para recuperar a cobertura o mais rapidamente possível, mas os danos causados pelo fogo são significativos”.

Um dos argumentos usados pelos adeptos desta teoria da conspiração é de que o surto teve origem em Wuhan, cidade que começou recentemente a ter cobertura 5G, e explica-se que a expansão se deveu para outras cidades que também já têm 5G.

Apesar de a nova tecnologia de comunicações usar frequências de rádio mais altas do que o 4G ou o 3G, não há evidências científicas que a liguem à Covid-19 ou a qualquer outro efeito negativo sobre a saúde da população, lembra a Full Fact, uma organização especializada em verificação de factos.

Os receios da população no Reino Unido não se manifestam apenas contra as estruturas físicas, havendo relatos de que os técnicos e engenheiros de redes que fazem trabalhos de manutenção estão a ser agredidos verbalmente.

O diretor do sistema nacional de saúde do Reino Unido, Stephen Powis, afirmou estar “absolutamente enraivecido e enojado pelo facto de pessoas estarem a atacar a infraestrutura de comunicações”, lembrando que esta estrutura é vital para assegurar uma rápida resposta das forças da autoridade e dos profissionais de saúde.

No Facebook e noutras redes sociais multiplicam-se os fóruns que estão a disseminar estas falsas informações.

https://visao.sapo.pt/atualidade/2020-04-05-reino-unido-torres-5g-incendiadas-devido-a-teorias-da-conspiracao-sobre-covid-19/

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...