Avançar para o conteúdo principal

Covid-19: Casos em Portugal sobem de 12,8 para 21,7 por 10 mil habitantes


O número de casos confirmados de Covid-19 em Portugal é de 21,7 por cada 10 mil habitantes, mais 70% do que os 12,8 registados há duas semanas, avançou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já o número de municípios com um número de doentes infetados com o novo coronavírus acima da média nacional subiu de 34 para 47, segundo os dados agora publicados, que também são relativos a 22 de abril.

Deste conjunto, 33 municípios pertencem à região norte do país, indicou o INE na segunda edição dos Indicadores de contexto para a pandemia de Covid-19 em Portugal, com o conjunto de municípios contíguos da Área Metropolitano do Porto em destaque, com mais de 35 casos confirmados por 10 mil habitantes em Valongo, Maia, Gondomar, Matosinhos, Porto, Santo Tirso e Vila Nova de Gaia.

Também alguns municípios da região centro e a Área Metropolitana de Lisboa apresentam valores acima da média nacional.

O município com a taxa mais elevada do país é Vila Nova de Foz Côa, com 121,7 casos confirmados por 10 mil habitantes, um número mais de cinco vezes superior à média nacional.

Já a leitura da relação entre o número de casos confirmados por 10 mil habitantes e a densidade populacional destaca um conjunto de 32 municípios com valores acima da média nacional em ambos os indicadores.


Deste conjunto de 32 municípios, há sete com mais de 50 casos confirmados por 10 mil habitantes: Ovar (98,1), em Aveiro, Valongo (67,3), Maia (55,1), Gondomar (53,8), Matosinhos (53,1) e Porto (51,5), todos na Área Metropolitana do Porto, e Braga (51,9) no Cávado.

Do outro lado, 181 dos 308 municípios do país apresentavam um número de casos confirmados por 10 mil habitantes e densidade populacional abaixo da referência nacional.

"Apesar da progressiva disseminação da pandemia pelo território nacional, o seu impacto continua a ser caracterizado por uma elevada heterogeneidade regional, particularmente quando se tem conta, além dos números absolutos de casos e óbitos, indicadores relativos em função da dimensão e densidade demográfica por quilómetro quadrado das unidades territoriais consideradas na análise", destacou o INE.

Paralelamente, o instituto de estatística também forneceu dados sobre a mortalidade geral (todas as causas de morte) em Portugal entre 01 de março e 12 de abril, e uma comparação com o mesmo período dos anos de 2019 e 2018, que revelam que, relativamente às datas analisadas, morreram mais 1.222 pessoas este ano do que em 2019, e mais 343 face a 2018.

O INE salientou que a subida de óbitos face ao ano passado resulta, sobretudo, do acréscimo do número de óbitos em pessoas com 75 e mais anos (1.194).

Os primeiros casos diagnosticados com a doença Covid-19 em Portugal foram reportados em 02 de março, e o primeiro óbito foi registado em 16 de março, cinco dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado o surto de covid-19 como pandemia.

O INE apresentou o número de casos confirmados com covid-19 com base na informação divulgada da Direção-Geral de Saúde (DGS), enquanto a informação sobre óbitos é obtida a partir dos dados do registo civil no âmbito do Sistema Integrado do Registo e Identificação Civil (SIRIC).

Portugal contabiliza 854 mortos associados à covid-19 em 22.797 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 34 mortos (+4,1%) e mais 444 casos de infeção (+2%).

Das pessoas infetadas, 1.068 estão hospitalizadas, das quais 188 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 1.201 para 1.228.

https://www.noticiasaominuto.com/pais/1464724/covid-19-casos-em-portugal-sobem-de-12-8-para-21-7-por-10-mil-habitantes

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Movimentos antiocupas já estão em Portugal e autoridades tentam identificar membros

 Investigação surge depois de há uma semana e meia, a TVI ter revelado que estes movimentos, já conhecidos em Espanha, tinham chegado a Portugal As autoridades portuguesas estão a tentar identificar as pessoas envolvidas em empresas e movimentos antiocupas, grupos que se dedicam a expulsar quem ocupa ilegalmente uma casa ou um imóvel. A investigação surge depois de há uma semana e meia a TVI ter revelado que estes movimentos, já conhecidos em Espanha, tinham chegado a Portugal. Os grupos antiocupas têm-se multiplicado no nosso país, sendo que uns vêm de Espanha, outros nasceram em Portugal e todos com o mesmo princípio: devolver casas a quem é o legítimo proprietário. Os grupos que tentam devolver as casas são conhecidos pelo uso da força, mas o grupo com quem a TVI falou diz ser diferente. Solicitações não têm faltado, já que têm sido muitas as casas ocupadas de forma ilegal, em todo o país. Os grupos, que surgem como falta de resposta da lei, garantem que atuam de forma legal, ma...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...