Avançar para o conteúdo principal

Procuradora pede proteção à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos

A procuradora-geral da Venezuela pediu proteção à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos na sexta-feira, depois de o Supremo Tribunal de Justiça a ter impedido de sair do país e ordenado o congelamento das suas contas bancárias.

Luisa Ortega Díaz revelou, através da rede social Twitter, estar a procurar proteção da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, um organismo da Organização de Estados Americanos (OEA), para todos os funcionários da procuradoria, mas não facultou mais detalhes.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela marcou uma audiência para terça-feira, dia 04, para decidir se a procuradora-geral pode ser julgada, após a ter impedido de sair do país e ordenado o congelamento das suas contas bancárias e bens, uma decisão contestada por Luisa Ortega Díaz para quem o STJ está a "desmantelar" o Estado.

A procuradora-geral tem vindo a distanciar-se, nos últimos meses do Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tendo denunciado uma rutura da ordem constitucional por parte do Supremo e contestado a intenção de Maduro de alterar a Constituição.

Agora pode subscrever gratuitamente as nossas newsletters e receber o melhor da atualidade com a qualidade Diário de Notícias.

Tornou-se uma das poucas vozes críticas, além da oposição, desafiando os esforços de Nicolás Maduro para uma nova Carta Magna, mas também ao apresentar acusações contra membros do executivo por causa de mortes ocorridas durante os protestos antigovernamentais.

O gabinete de Luisa Ortega Díaz anunciou na sexta-feira ter citado o diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), Gustavo González López, para comparecer na procuradoria devido à suspeita da prática de "graves e sistemáticas violações aos direitos humanos".

Os procuradores indicaram estar a investigar incidentes de detenções ilegais, rusgas arbitrárias e casos de pessoas foram privadas de liberdade não obstante ordens judiciais para que fossem soltas.

Maduro respondeu horas depois a esse anúncio, promovendo Gustavo González López a comandante geral do exército, a quem chamou de "bravo patriota", tal como a Antonio Benavides Torres, ex-chefe da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) também citado pela procuradoria.

"Eles defenderam a paz da República e têm todo o meu apoio", afirmou.

Pouco antes, o vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, também saiu em defesa dos dois titulares de altos cargos visados, descrevendo-os como "homens exemplares", e acusando a procuradora-geral de dirigir um golpe de Estado.

"O Ministério Público e a senhora Ortega Díaz dirigem ou fazem parte de um golpe de Estado", declarou, ao telefone, ao canal estatal VTV.

"A senhora Ortega Díaz pretende destruir a moral e a união entre civis e militares que tem vindo a ser forjada ao longo destes anos para garantir a paz, a estabilidade política e o desenvolvimento do país", disse, acusando a procuradora-geral de ser "responsável pela espirar terrorista" dos últimos meses e ainda de liderar "uma parcialidade nunca antes vista no seio de uma instituição pública".

http://www.dn.pt/lusa/interior/venezuela-procuradora-pede-protecao-a-comissao-interamericana-dos-direitos-humanos-8605630.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

J.K. Rowling

 Aos 17 anos, foi rejeitada na faculdade. Aos 25 anos, sua mãe morreu de doença. Aos 26 anos, mudou-se para Portugal para ensinar inglês. Aos 27 anos, casou. O marido abusou dela. Apesar disso, sua filha nasceu. Aos 28 anos, divorciou-se e foi diagnosticada com depressão severa. Aos 29 anos, era mãe solteira que vivia da segurança social. Aos 30 anos, ela não queria estar nesta terra. Mas ela dirigiu toda a sua paixão para fazer a única coisa que podia fazer melhor do que ninguém. E foi escrever. Aos 31 anos, finalmente publicou seu primeiro livro. Aos 35 anos, tinha publicado 4 livros e foi nomeada Autora do Ano. Aos 42 anos, vendeu 11 milhões de cópias do seu novo livro no primeiro dia do lançamento. Esta mulher é JK Rowling. Lembras de como ela pensou em suicídio aos 30 anos? Hoje, Harry Potter é uma marca global que vale mais de $15 bilhões. Nunca desista. Acredite em você mesmo. Seja apaixonado. Trabalhe duro. Nunca é tarde demais. Esta é J.K. Rowling. J. K. Rowling – Wikipédi...