Nos últimos dias, algumas imagens do fenómeno insólito que voltou a acontecer na Tasmânia têm circulado na rede social Instagram. Segundo os cientistas as águas fluorescentes são uma evidência do aquecimento global.
Nos últimos dias, Instagrammers em êxtase têm publicado imagens estonteantes do mar do noroeste da Tasmânia, na Austrália. Várias zonas marítimas de Preservation Bay e do Cabo Rocky têm mostrado uma inusitada cor azul fluorescente que brilha no escuro. O fenómeno é provocado por uma quantidade anormal de Noctiluca Scintillans, organismos microscópicos que habitam as águas dos oceanos.
As fluorescências desta espécie de plâncton parecem ser, no entanto, uma manifestação pouco saudável do ecossistema marítimo. Quando estes organismos se sentem ameaçados, emitem uma luz como mecanismo de defesa. As correntes marítimas e a movimentação de barcos e pessoas podem estar a contribuir para este desequilíbrio. Mas não só. O aquecimento progressivo das águas na região parece ser outra das causas.
Até 1994, as águas fluorescentes nunca tinham sido vistas na Tasmânia, o que segundo os cientistas está relacionado com as temperaturas frias do mar que não propiciam a formação destes organismos. Desde então, o seu aparecimento intermitente ao longo dos anos é tido como uma das consequências do aquecimento global que está a amornar as águas do sul da Austrália.
Em maio de 2015, após ter sido avistado num dos rios do sul do país, um dos cientistas explicou à revista New Scientist que a abundância destes microrganismos poderá ter impacto no habitat de outros seres marinhos. “O Noctilucca alimenta-se de diatomácias que, por sua vez, servem de alimento para os peixes que habitam estas águas. Grandes quantidades de plâncton podem ameaçar a vida destas espécies”, explicou Gustaaf Hallegraeff, da Universidade da Tasmânia.
http://viagens.sapo.pt/viajar/noticias-viajar/artigos/aguas-voltam-a-brilhar-na-tasmania-e-isto-nao-e-bom-sinal
Nos últimos dias, Instagrammers em êxtase têm publicado imagens estonteantes do mar do noroeste da Tasmânia, na Austrália. Várias zonas marítimas de Preservation Bay e do Cabo Rocky têm mostrado uma inusitada cor azul fluorescente que brilha no escuro. O fenómeno é provocado por uma quantidade anormal de Noctiluca Scintillans, organismos microscópicos que habitam as águas dos oceanos.
As fluorescências desta espécie de plâncton parecem ser, no entanto, uma manifestação pouco saudável do ecossistema marítimo. Quando estes organismos se sentem ameaçados, emitem uma luz como mecanismo de defesa. As correntes marítimas e a movimentação de barcos e pessoas podem estar a contribuir para este desequilíbrio. Mas não só. O aquecimento progressivo das águas na região parece ser outra das causas.
Até 1994, as águas fluorescentes nunca tinham sido vistas na Tasmânia, o que segundo os cientistas está relacionado com as temperaturas frias do mar que não propiciam a formação destes organismos. Desde então, o seu aparecimento intermitente ao longo dos anos é tido como uma das consequências do aquecimento global que está a amornar as águas do sul da Austrália.
Em maio de 2015, após ter sido avistado num dos rios do sul do país, um dos cientistas explicou à revista New Scientist que a abundância destes microrganismos poderá ter impacto no habitat de outros seres marinhos. “O Noctilucca alimenta-se de diatomácias que, por sua vez, servem de alimento para os peixes que habitam estas águas. Grandes quantidades de plâncton podem ameaçar a vida destas espécies”, explicou Gustaaf Hallegraeff, da Universidade da Tasmânia.
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