Avançar para o conteúdo principal

Humanos podem ter ajudado a criar deserto do Saara

A ação humana pode ter contribuído para transformar o Saara de paisagem verdejante para o deserto árido que é desde há 10.000 anos, propõe um estudo publicado hoje.

A tese do arqueólogo David Wright, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, contraria a hipótese de terem sido alterações na órbita da Terra ou mudanças na vegetação como as causas principais da desertificação.

"No leste da Ásia há teorias firmadas sobre como as populações do Neolítico mudaram a paisagem de forma tão profunda que as monções deixaram de penetrar tanto para o interior", afirmou Wright, salientando que há provas de mudanças climáticas e ecológicas provocadas pela ação humana na Europa, América do Norte e Nova Zelândia.

Para comprovar a hipótese, Wright encontrou uma sintonia entre o aumento da pastorícia e o domínio da vegetação rasteira na paisagem, sinal de desertificação, há cerca de 8.000 anos, nas regiões que rodeiam o vale do Nilo, no Egito.

À medida que a paisagem perdeu vegetação, aumentou o efeito de albedo, a quantidade de luz solar refletida pela superfície da Terra, o que fez diminuir a precipitação, e por sua vez, reduziu ainda mais a vegetação.

David Wright quer continuar a investigar por baixo do deserto para resgatar vestígios de lagos, vegetação e atividade humana.

Lembrando que 15 por cento da população vive em áreas desérticas, o arqueólogo salienta que "as implicações de como os humanos mudam os ecossistemas têm implicação direta na sobrevivência em ambientes áridos".

http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2017-03-14-Humanos-podem-ter-ajudado-a-criar-deserto-do-Saara

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Movimentos antiocupas já estão em Portugal e autoridades tentam identificar membros

 Investigação surge depois de há uma semana e meia, a TVI ter revelado que estes movimentos, já conhecidos em Espanha, tinham chegado a Portugal As autoridades portuguesas estão a tentar identificar as pessoas envolvidas em empresas e movimentos antiocupas, grupos que se dedicam a expulsar quem ocupa ilegalmente uma casa ou um imóvel. A investigação surge depois de há uma semana e meia a TVI ter revelado que estes movimentos, já conhecidos em Espanha, tinham chegado a Portugal. Os grupos antiocupas têm-se multiplicado no nosso país, sendo que uns vêm de Espanha, outros nasceram em Portugal e todos com o mesmo princípio: devolver casas a quem é o legítimo proprietário. Os grupos que tentam devolver as casas são conhecidos pelo uso da força, mas o grupo com quem a TVI falou diz ser diferente. Solicitações não têm faltado, já que têm sido muitas as casas ocupadas de forma ilegal, em todo o país. Os grupos, que surgem como falta de resposta da lei, garantem que atuam de forma legal, ma...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...