Com as placas gráficas a preços cada vez mais altos, apesar de pouco ou nada mudarem de um ano para o outro, é normal tentar cortar nos outros componentes quando se monta um PC gaming.
Mas atenção: o barato pode sair caro!
Poupanças mal pensadas em peças como motherboard, memória, PSU ou até a caixa, podem transformar um setup promissor numa máquina cheia de problemas.
Aqui ficam 7 sinais de alerta que deves ter em conta antes de carregar no “comprar”.
1. CPUs dual-core
Há 20 anos eram topo de gama. Hoje, são… fósseis tecnológicos.

Processadores com dois núcleos ou apenas 4 threads estão muito abaixo do mínimo aceitável para 2025, e pior ainda se quiser montar uma máquina capaz de aguentar alguns anos.
No mínimo, olha para um Intel Core i3-12100F ou um AMD Ryzen 5 5500, ambos muito mais equilibrados. Se o orçamento apertar, o Ryzen 5 5600G traz gráficos integrados decentes para aguentar enquanto não compras uma gráfica dedicada.
2. RAM single-channel
Colocar só um módulo de memória é meio caminho para estrangular o desempenho de um PC. Especialmente se dependes de gráficos integrados que usam a RAM como VRAM.
Hoje, o mínimo para jogos é 16 GB em dual-channel (2×8 GB). Se possível, esticar aos 32GB pode ser uma boa ideia. A diferença de preço para kits de um só módulo é mínima, mas o ganho de desempenho é gigante.
3. Armazenamento lento
Ainda usas HDD para jogar? Má ideia.

Jogos modernos sofrem com loadings eternos, texturas que aparecem tarde e cortes no áudio. Mesmo um SSD NVMe de entrada de gama, como o Crucial P3 Plus, dá uma volta completa a qualquer disco mecânico.
Por mais uns euros, um Samsung 990 Evo Plus com PCIe 4.0 e memória TLC leva a experiência a outro nível.
4. Motherboards “carecas”
As mais baratas podem vir com apenas dois slots de RAM, sem dissipadores nas VRM, sem PCIe 4.0 e com um único slot M.2. Isto limita upgrades e até pode limitar o processador. Investe numa board equilibrada.
Este é o componente que vai dar vida a todos outros componentes.
5. Caixas descartáveis

Caixas ultra-baratas parecem tentadoras, mas a construção fraca, os plásticos de má qualidade e a falta de filtros de pó acabam por custar caro. Tem isso em conta.
6. Fontes de alimentação “bomba”
Um rótulo a dizer 500 W não significa que a PSU aguente esse valor de forma estável.
Modelos sem certificação 80+, com poucos conectores PCIe ou garantias curtas devem ser evitados.
Pode achar que aqui se poupa bom dinheiro. Mas é um erro. Compre uma boa fonte. No mínimo 650W com 80+ Bronze.
7. Placa gráfica errada
Nem todas as gráficas servem para todos os PCs.
Modelos como a Intel Arc B570 brilham com CPUs recentes, mas perdem gás com processadores mais antigos ou modestos. Além disso, é preciso ter cuidado com versões single-fan: são mais baratas, mas também mais barulhentas e quentes. O que por sua vez significa menos performance, mesmo que o nome seja igual.
Conclusão
Em suma, ao montar um PC barato, não é só a gráfica que conta. Uma escolha errada noutro componente pode criar gargalos e estragar a experiência. Pensa a longo prazo e investe onde realmente importa. Às vezes, gastar mais 20 ou 30 euros num componente evita dores de cabeça (e gastos maiores) no futuro.
Componentes baratos para PC? Estas são as armadilhas a evitar! | Leak

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