Avançar para o conteúdo principal

Professora com processo disciplinar por referir nacionalidade de aluna: hipocrisia e ataque à liberdade de expressão



 Uma professora tem um processo disciplinar, de que se está a defender, porque num documento interno da escola se referiu a uma aluna de uma determinada nacionalidade, dizendo: “a aluna de nacionalidade x com determinado nome” tem uma série de problemas e, ao referir os problemas, visava proteger, apoiar e obter recursos para que esta aluna pudesse ser apoiada convenientemente. Por mencionar a nacionalidade da aluna, apenas e só a nacionalidade da aluna, a professora tem um processo disciplinar por discriminação. Isto é, a mera menção da nacionalidade da aluna foi interpretada como um ato discriminatório, levando à abertura de um processo disciplinar.


Enquanto isso, vimos recentemente em todas as redes noticiosas a seguinte notícia: “Ministério Público investiga ‘linchamento’ de criança nepalesa em escola de Lisboa”. Assim, com estes argumentos, aplicados pela inspetora que justifica o processo disciplinar à professora, podemos fazer o mesmo, processos disciplinares por discriminação, com todos os OCS que referiram a nacionalidade da aluna?


Se isto não bastasse, também tivemos, a semana passada, o presidente da Assembleia da República Portuguesa a declarar que “é possível dizer que os turcos são preguiçosos” sem que isso tenha problema algum. Acrescentando que quem faz o julgamento do que é dito na Assembleia da República “é o povo quando formos a eleições”. A flagrante contradição entre os dois casos expõe a hipocrisia de uma sociedade.


No caso da professora e da notícia, não se trata nem de discriminação, nem de liberdade de expressão. É um facto! E todos temos direito à nacionalidade, conforme está escrito na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): Art.º 15 “Todo indivíduo tem direito a uma nacionalidade”. A nacionalidade é um direito consagrado à condição humana e nunca um fator discriminatório, apenas algum preconceito pode determinar tal conclusão.


No caso passado no parlamento, mesmo que possa não ser unânime, pois já temos a esquerda woke em polvorosa a pedir a demissão de Aguiar-Branco, estamos no campo da liberdade de expressão.


É crucial reconhecer que a liberdade de expressão é um direito fundamental, basilar para uma sociedade democrática. Essa liberdade inclui o direito de expressar opiniões, mesmo que impopulares ou controversas. Limitar a liberdade de expressão sob a alegação de “ofensa” é um caminho perigoso que leva à censura e à autocensura.


Ao silenciar vozes dissonantes, corremos o risco de criar uma sociedade homogénea e intolerante, onde o debate aberto e a troca de ideias são sufocados. Cabe a cada indivíduo decidir o que o ofende, e não a um grupo minoritário ou à autoridade impor sua visão de mundo.


A criminalização da linguagem e a obsessão com a cultura do “cancelamento” representam um ataque à liberdade de pensamento e ao progresso social.


É importante que entendamos os perigos dessa nova era onde a verdade é sacrificada no altar do politicamente correto.


O caso da professora em questão é um exemplo emblemático da hipocrisia e do autoritarismo que grassam na nossa sociedade. É urgente defender a liberdade de expressão como um valor fundamental, sem a qual a democracia e o progresso social se tornam inviáveis.


Lembre-se: quem cala consente. Não podemos permitir que a censura e a autocensura ditem o que podemos ou não dizer. É preciso ter coragem para defender a liberdade de expressão, mesmo quando isso significa defender o direito de os outros expressarem opiniões com as quais discordamos.


Professora com processo disciplinar por referir nacionalidade de aluna: hipocrisia e ataque à liberdade de expressão – Observador


Se for o mesmo caso (e espero que não haja mais casos estúpidos como este), trata-se da Escola do 1º ciclo Manuel Teixeira Gomes, Chelas, Lisboa:

Professora menciona nacionalidade de aluna em pedido de apoio e acaba com processo disciplinar - Sociedade - Correio da Manhã (cmjornal.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Largo dos 78.500€

  Políticamente Incorrecto O melhor amigo serve para estas coisas, ter uns trocos no meio dos livros para pagar o café e o pastel de nata na pastelaria da esquina a outros amigos 🎉 Joaquim Moreira É historicamente possível verificar que no seio do PS acontecem repetidas coincidências! Jose Carvalho Isto ... é só o que está á vista ... o resto bem Maior que está escondido só eles sabem. Vergonha de Des/governantes que temos no nosso País !!! Ana Paula E fica tudo em águas de bacalhau (20+) Facebook

Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin

 Em 2010, o criador do Bitcoin antecipou os perigos que a computação quântica poderia trazer para o futuro da criptomoeda e apresentou sugestões para lidar com uma possível quebra do algoritmo de criptografia SHA-256. Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin Um novo avanço no campo da computação quântica deixou a comunidade de criptomoedas em alerta sobre a possibilidade de quebra do algoritmo de criptografia SHA-256 do Bitcoin BTC, comprometendo a integridade das chaves privadas e colocando os fundos dos usuários em risco. Em 9 de dezembro, o Google apresentou ao mundo o Willow, um chip de computação quântica capaz de resolver, em menos de cinco minutos, problemas computacionais insolúveis para os supercomputadores mais avançados em uso nos dias de hoje. Apesar do alarde, Satoshi Nakamoto, o visionário criador do Bitcoin, já antecipara a ameaça quântica e sugerira duas medidas para mitigá-la. Em uma postagem no fórum Bitcoin Talk em junho de 2010, Sa...