Maior associação do retalho na Alemanha, a Handelsverband Deutschland (HDE), diz que Governo sinalizou que irá apoiar mexidas na legislação da UE ao abrigo da qual as encomendas adquiridas online a partir de países extra-comunitários não são sujeitas a taxas alfandegárias se o valor for inferior a 150 euros.
A Alemanha apoia uma revisão das taxas de importação da União Europeia (UE) que pode acabar com uma isenção para encomendas baratas que tem ajudado retalhistas como a Shein ou a Temu a conquistar quota de mercado com roupas, acessórios e "gadjets" "made in" China, escreve, esta quinta-feira, a Reuters.
Os críticos da Shein e da Temu nos Estados Unidos têm manifestado o seu descontentamento por as duas gigantes usarem a isenção tributária de que beneficiam no país para prejudicar os seus rivais e escapar a inspeções alfandegárias aos seus produtos.
Essa prática, explica a agência de notícias, ajuda as duas retalhistas a oferecerem vestidos por apenas 8 dólares ou relógios inteligentes por 25 dólares aos consumidores em todo o mundo.
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Ao abrigo da legislação da UE, as encomendas adquiridas online a partir de países extra-comunitários não são sujeitas a taxas alfandegárias se o valor for inferior a 150 euros.
A principal associação do retalho na Alemanha, a Handelsverband Deutschland (HDE), tem vindo a fazer "lobby" junto do Governo alemão, afirmando que a isenção encoraja um aumento em massa da entrada na UE de pequenas encomendas de plataformas de venda online como a Shein e a Temu, e que as autoridades alfandegárias do país têm falta de capacidade para verificar se todos os produtos cumprem as regras em vigor no bloco dos 27.
O ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, "sinalizou que a Alemanha vai apoiar a abolição do limite de isenção de impostos de 150 euros a nível europeu", revelou a HDE à Reuters.
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O responsável afirmou saudar o facto de a Comissão Europeia ter avançado com "propostas para adaptar a lei aduaneira europeia às mudanças do comércio eletrónico", disse, referindo-se a um plano de reforma abrangente que inclui precisamente pôr termo a esse teto de isenção.
Em resposta às perguntas da Reuters, a Shein apontou que "procura cumprir com as todas as leis e regulamentos locais dos países" onde opera, "incluindo no que toca à conformidade alfandegária e fiscal".
Comentário do Wilson:
Se já assim não há funcionários suficientes para a fiscalização, imaginem como será se abolirem essa isenção até os 150€.
A Alemanha tem fama de inteligente mas agora que virou mais socialista tem destas idéias.
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