Avançar para o conteúdo principal

Suplementos para a GNR e PSP podem custar entre €209 e €351 milhões por ano, Mais do que o descongelamento dos professores



 A despesa do Estado com os novos suplementos a atribuir à Guarda Nacional Republicana (GNR) e à Polícia de Segurança Pública (PSP) podem custar entre €209 e €351 milhões. A notícia faz manchete no jornal “Público” desta quinta-feira, dia em que Margarida Blasco volta a reunir-se com as estruturas sindicais, e revela os dois cenários propostos pelo Comando da GNR e pela Direção Nacional da PSP. As duas estruturas já fizeram chegar as propostas ao Ministério da Administração Interna (MAI).


O cenário preferido pela maior parte das estruturas sindicais é o que tem o impacto orçamental mais elevado, na ordem dos €350 milhões de euros por ano. Prevê a atribuição do suplemento de risco à PSP e à GNR seguindo a modalidade aplicada o suplemento de missão à PJ, sob o Ministério da Justiça. Já a segunda proposta, com um impacto de €209 milhões, aponta para um acréscimo remuneratório faseado ao longo dos quatro anos da legislatura que agora se iniciou.


Até ao momento, está tudo em aberto e nem o calendário está definido. No mês passado, à pergunta do Expresso sobre se os polícias poderiam contar com o aumento já este ano, o Ministério da Administração Interna (MAI) respondeu que “estando em curso o procedimento negocial e de audição das forças de segurança, será prematuro avançar com alguma indicação temporal”.


Anúncio esperado

Para esta quinta-feira está agendada a reunião entre a ministra da Administração Interna com as duas estruturas sindicais, anunciada pela titular da pasta a 22 de abril. Na altura, Margarida Blasco avançou que estava a apresentar uma proposta de atribuição de um subsídio aos elementos da PSP e GNR, que acredita que irá satisfazer os polícias.


"Nesse protocolo que negociamos hoje [22 de abril] ficou como prioridade a discussão do subsídio de risco, que é a matéria horizontal e que os sindicatos acham prioritário e que nós, Governo, iremos ter em boa conta", disse aos jornalistas Margarida Blasco, no final das reuniões com as associações socioprofissionais da GNR e sindicatos da PSP naquele dia.


À época, a governante esclareceu que ainda não estava fechado nem o montante do aumento nem se estaria em causa um subsídio de risco ou suplemento de missão. Margarida Blasco disse ainda que foi criada uma equipa multidisciplinar entre os ministérios das Finanças e da Administração Interna que estão a trabalhar em conjunto.


Suplementos para a GNR e PSP podem custar entre €209 e €351 milhões por ano - Expresso


Comentários

Notícias mais vistas:

Aníbal Cavaco Silva

Diogo agostinho  Num país que está sem rumo, sem visão e sem estratégia, é bom recordar quem já teve essa capacidade aliada a outra, que não se consegue adquirir, a liderança. Com uma pandemia às costas, e um país político-mediático entretido a debater linhas vermelhas, o que vemos são medidas sem grande coerência e um rumo nada perceptível. No meio do caos, importa relembrar Aníbal Cavaco Silva. O político mais bem-sucedido eleitoralmente no Portugal democrático. Quatro vezes com mais de 50% dos votos, em tempos de poucas preocupações com a abstenção, deve querer dizer algo, apesar de hoje não ser muito popular elogiar Cavaco Silva. Penso que é, sem dúvida, um dos grandes nomes da nossa Democracia. Nem sempre concordei com tudo. É assim a vida, é quase impossível fazer tudo bem. Penso que tem responsabilidade na ascensão de António Guterres e José Sócrates ao cargo de Primeiro-Ministro, com enormes prejuízos económicos, financeiros e políticos para o país. Mas isso são outras questões

Supercarregadores portugueses surpreendem mercado com 600 kW e mais tecnologia

 Uma jovem empresa portuguesa surpreendeu o mercado mundial de carregadores rápidos para veículos eléctricos. De uma assentada, oferece potência nunca vista, até 600 kW, e tecnologias inovadoras. O nome i-charging pode não dizer nada a muita gente, mas no mundo dos carregadores rápidos para veículos eléctricos, esta jovem empresa portuguesa é a nova referência do sector. Nasceu somente em 2019, mas isso não a impede de já ter lançado no mercado em Março uma gama completa de sistemas de recarga para veículos eléctricos em corrente alterna (AC), de baixa potência, e de ter apresentado agora uma família de carregadores em corrente contínua (DC) para carga rápida com as potências mais elevadas do mercado. Há cerca de 20 fabricantes na Europa de carregadores rápidos, pelo que a estratégia para nos impormos passou por oferecermos um produto disruptivo e que se diferenciasse dos restantes, não pelo preço, mas pelo conteúdo”, explicou ao Observador Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging. A

Rendas antigas: Governo vai atribuir compensação a senhorios

 As associações que representam os senhorios mostraram-se surpreendidas com o "volte-face" do Governo. A Associação Lisbonense de Proprietários vai entregar uma petição no Parlamento, que já conta com quase 5.000 assinaturas, para acabar com o congelamento das rendas antigas. O Governo não vai, afinal, descongelar as rendas dos contratos de arrendamento anteriores a 1990, ao contrário do que está escrito na proposta do Orçamento do Estado. Após a polémica, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação garantiu a criação de um mecanismo de compensação para os senhorios, mas não explicou como irá funcionar. Desde 2012 que está em vigor o novo regime de arrendamento urbano, que regula o mercado habitacional. Há mais de uma década que está suspensa a transição dos contratos anteriores a 1990 para o novo regime desde que os inquilinos cumpram um dos três critérios: terem 65 ou mais anos; incapacidade igual ou superior a 60%; ou um rendimento anual bruto corrigido inferior a cinc