Avançar para o conteúdo principal

O Vale da Morte acaba de ter o mês mais quente já registado em qualquer lugar da Terra

No passado mês de julho, O Vale da Morte da Califórnia, nos Estados Unidos, teve o mês mais quente de sempre registado em qualquer lugar de todo o planeta.

Durante o dia e a noite, a temperatura média do Vale da Morte rondava os 42,3ºC, ultrapassando o recorde atingido há um ano em meio grau. A marca anterior à registada em julho, tinha quebrado um máximo histórico que durou 100 anos.

As temperaturas extremas sentida este ano no Vale – um dos ponto mais quentes do planeta – marcam um ano em que as temperaturas recordes caíram em todo o Hemisfério Norte.

Calor intenso e extremo no Vale da Morte é normal. No mês de julho, ainda mais. No entanto, a temperatura registada em julho deste ano está, em média, 3,5 graus acima do habitualmente registado (39ºC) – é difícil imaginar que um dos lugares mais quentes do planeta esteja ainda mais quente.


No entanto, os números são claros: a temperatura máxima atingiu os 39ºC em, pelo menos, 21 dias do mês – ultrapassando a média normalmente registada de 37ºC. Além disso, entre 24 e 27 de julho, a temperatura máxima atingiu os 53ºC, estabelecendo recordes em cada um desses quatro dias.

Esta marca não estava longe da temperatura mais alta registada na localidade nas últimas décadas, os 54ºC sentidos a 30 de junho de 2013. Quanto à temperatura mínima, esteve acima dos 38 graus durante 10 dias.

Estas temperaturas têm sido registados pelo Furnace Creek, que mora no coração do vale, a 58 metros abaixo do nível das águas do mar. Esta tem sido a estação meteorológica oficial do Vale da Morte há mais de 100 anos, remontando a 1911.

Julho incrivelmente quente
O Vale da Morte é mundialmente reconhecido por deter o recorde da temperatura mais quente já registada no planeta: 57ºC sentidos a 10 de julho de 1913.

Porém, esta medida é contestada. Alguns climatologistas acreditam que a temperatura máxima já registada de forma confiável em todo o planeta é de 54ºC, em junho de 2013.

Independentemente da legitimidade do registo de 1913, o calor deste mês de julho têm-se mostrado bem mais persistente. Em 1913, um dia do mês não chegou a atingir os 38ºC e houve ainda dois dias com temperaturas mínimas de 21ºC.

Este ano, a temperatura máxima mais baixa sentida no Vale foi de 45ºC e, mesmo à noite, a temperatura nunca desceu dos 28ºC. O recorde deste ano foi revelado pela primeira-vez por Brian Brettschneider, um investigador de clima da Universidade do Alasca e colaborador da Forbes.

No que respeita a recordes, este têm sido o mês mais “sombrio” do Vale da Morte. No entanto, o vale não está sozinho: várias regiões do oeste dos EUA têm sido assoladas por altas temperaturas. Vários locais já atingiram o seu julho mais quente e, em alguns casos, o mês mais quente de sempre.

https://zap.aeiou.pt/vale-morte-regista-mes-mais-quente-sempre-213192

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

"Bolsa tem risco, depósitos têm certeza de perda"

Maria Luís Albuquerque, comissária europeia para Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, diz ser "indispensável" mobilização da poupança privada para financiar prioridades europeias.  É “indispensável” que haja na Europa uma “mobilização da poupança privada – que tem volumes significativos” – para financiar as “prioridades” europeias, porque, defende Maria Luís Albuquerque, comissária europeia, os “orçamentos públicos não serão suficientes“. A ex-ministra das Finanças, que na Comissão Europeia recebeu a pasta dos Serviços Financeiros e a União da Poupança e do Investimento, assinala que, sobretudo no contexto geopolítico atual, têm de ser dadas condições ao cidadãos para investirem mais nos mercados de capitais – porque “investir nos mercados de capitais tem risco de perda, aplicar poupanças em depósitos a prazo tem tido certeza de perda“. As declarações de Maria Luís Albuquerque foram feitas num evento anual da CMVM, o supervisor do mercado de capitais portu...

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...