Avançar para o conteúdo principal

2018 caminha para ser ano recorde de mortes em Portugal

Entre sábado e domingo morreram 643 pessoas, das quais 78,5% com idade igual ou superior a 75 anos. Até ao passado fim-de-semana, morreram cerca de 71 mil pessoas. Este ano pode registar um recorde de mortes em Portugal.

Segundo o Diário de Notícias, 2018 caminha a passos largos para registar um recorde de mortes em Portugal. Até ao último fim-de-semana, morreram cerca de 71 mil pessoas, mais três mil do que em igual período de 2017 e 2016, os dois anos em que se atingiu os máximos de mortalidade.

De acordo com o jornal, esta é uma tendência que pode ser explicada, sobretudo, pelo envelhecimento da população, e ainda agravada pela vaga de calor dos últimos dias, que já terá contribuído muito para a subida do número de óbitos no fim-de-semana.

O Jornal de Notícias escreve que, entre sábado e domingo, morreram 643 pessoas, das quais 78,5% com idade igual ou superior a 75 anos e sendo que 97% dos óbitos ficaram a dever-se a causas naturais.


Segundo o DN, o número de mortes no país tem aumentado de forma gradual nos últimos anos, até se situar nos 110 mil, e em 2016 superou mesmo, pela primeira vez, esse patamar, quando há dez anos se situava nos 104 mil.

Por sua vez, 2008 foi um ano de mudança histórica na demografia nacional: o país passou a ter mais óbitos do que nascimentos, um fenómeno que atingiu um pico no ano passado, com um saldo negativo de cerca de 24 mil pessoas, e que corre o risco de se agravar ainda mais este ano, uma vez que a natalidade não dá sinais de aumentar.

“Falta o segundo semestre todo, mas mantendo a evolução dos últimos meses, e com esta onda de calor, podemos vir a agravar os indicadores de mortalidade”, afirma ao jornal Maria Filomena Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Demografia.

De acordo com as estimativas divulgadas em junho pelo Instituto Nacional de Estatística, Portugal perderá população até 2080, passando dos atuais 10,3 milhões de pessoas para 7,7 milhões, ficando abaixo dos dez milhões já em 2033.

Em maio, um estudo feito pela Fundação Francisco Manuel dos Santos já indicava que Portugal arrisca tornar-se “um deserto de pessoas” porque, sem migrações, a população pode decrescer dos 10,4 milhões de pessoas para os cerca de 7,8 milhões em 2060.

https://zap.aeiou.pt/2018-pode-ser-ano-recorde-mortes-213559

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...