Os militares da GNR que mantêm vigilância às instalações do Banco de Portugal onde se encontram guardadas as reservas nacionais de ouro não recebem salário há oito meses.
Os cerca de 300 militares da unidade de elite da GNR que estão de guarda às instalações do Banco de Portugal no Carregado, onde são guardadas as reservas do ouro nacional e onde é fabricado o dinheiro, não recebem salário desde o início do ano, e, segundo apurou o jornal i, vão avançar com uma acção em tribunal para receber o vencimento.
A falta de pagamento aos militares que fazem a segurança das reservas de ouro do país foi revelada no passado mês de maio pelo Sol. Desde então, não há qualquer alteração na situação, e o descontentamento dos guardas, diz o i, tem vindo a crescer.
De acordo o jornal, a atraso no pagamento dos vencimentos aos militares tem origem num diferendo entre o governo e o Banco de Portugal, que não estão de acordo quanto aos montantes a pagar pelo serviço prestado pelos militares.
Esta quarta-feira, o Ministério da Administração Interna adiantou ao i que “até ao final do mês será celebrado um novo protocolo de cooperação entre a GNR e o banco”.
As negociações entre a tutela e o BdP tiveram início em janeiro, altura em que os militares deixaram de receber salário, sem que, segundo fontes da GNR ouvidas pelo i, lhes tenha sido dada qualquer explicação.
“Começa a ser insuportável assegurar o serviço sem receber um tostão desde o início do ano e sem que nos seja, sequer, dada uma explicação por parte das chefias sobre o porquê de os pagamentos terem sido cortados”, queixa-se um militar ouvido pelo i.
“Entretanto, estamos a pagar para trabalhar, porque como os turnos são de dias seguidos, temos de fazer as refeições nas instalações do banco e pagar por elas”, acrescenta outro dos militares.
Entretanto, esta quarta-feira o Mnistério da Administração Interna assegurou ao i que “os vencimentos dos militares têm sido assegurados, apesar de estar em em curso uma avaliação da compatibilidade do pagamento de ajudas de custo inerentes a deslocações”, afirmação que levanta dúvidas sobre o destino das verbas asseguradas pelo MAI.
O comando-geral da GNR encaminhou o pedido de esclarecimentos para o MAI, que não deu resposta. O Banco de Portugal, por seu turno, escusou-se a comentar a questão.
O Complexo do Banco de Portugal no Carregado, situado a apenas 90 quilómetros dos antigos Paióis Nacionais de Tancos, tem à sua guarda 176 toneladas de ouro, que correspondem a 40% do total das reservas de ouro do país.
A proximidade entre as duas instalações levantou mesmo a suspeita, o anos passado, de que os explosivos roubados dos paióis nacionais, entretanto desactivados, pudessem vir a ser usados num ataque à reserva de ouro do Carregado.
Segundo dados do World Gold Council, Portugal tem uma reserva de ouro total de 382 toneladas, a maior parte da qual se encontra guardada fora do país. À cotação actual do metal, as reservas nacionais têm um valor de cerca de 12 mil milhões de euros – o que torna Portugal um dos 15 países com maiores reservas de ouro do mundo.
https://zap.aeiou.pt/militares-ouro-nacional-nao-recebem-janeiro-215573
Os cerca de 300 militares da unidade de elite da GNR que estão de guarda às instalações do Banco de Portugal no Carregado, onde são guardadas as reservas do ouro nacional e onde é fabricado o dinheiro, não recebem salário desde o início do ano, e, segundo apurou o jornal i, vão avançar com uma acção em tribunal para receber o vencimento.
A falta de pagamento aos militares que fazem a segurança das reservas de ouro do país foi revelada no passado mês de maio pelo Sol. Desde então, não há qualquer alteração na situação, e o descontentamento dos guardas, diz o i, tem vindo a crescer.
De acordo o jornal, a atraso no pagamento dos vencimentos aos militares tem origem num diferendo entre o governo e o Banco de Portugal, que não estão de acordo quanto aos montantes a pagar pelo serviço prestado pelos militares.
Esta quarta-feira, o Ministério da Administração Interna adiantou ao i que “até ao final do mês será celebrado um novo protocolo de cooperação entre a GNR e o banco”.
As negociações entre a tutela e o BdP tiveram início em janeiro, altura em que os militares deixaram de receber salário, sem que, segundo fontes da GNR ouvidas pelo i, lhes tenha sido dada qualquer explicação.
“Começa a ser insuportável assegurar o serviço sem receber um tostão desde o início do ano e sem que nos seja, sequer, dada uma explicação por parte das chefias sobre o porquê de os pagamentos terem sido cortados”, queixa-se um militar ouvido pelo i.
“Entretanto, estamos a pagar para trabalhar, porque como os turnos são de dias seguidos, temos de fazer as refeições nas instalações do banco e pagar por elas”, acrescenta outro dos militares.
Entretanto, esta quarta-feira o Mnistério da Administração Interna assegurou ao i que “os vencimentos dos militares têm sido assegurados, apesar de estar em em curso uma avaliação da compatibilidade do pagamento de ajudas de custo inerentes a deslocações”, afirmação que levanta dúvidas sobre o destino das verbas asseguradas pelo MAI.
O comando-geral da GNR encaminhou o pedido de esclarecimentos para o MAI, que não deu resposta. O Banco de Portugal, por seu turno, escusou-se a comentar a questão.
O Complexo do Banco de Portugal no Carregado, situado a apenas 90 quilómetros dos antigos Paióis Nacionais de Tancos, tem à sua guarda 176 toneladas de ouro, que correspondem a 40% do total das reservas de ouro do país.
A proximidade entre as duas instalações levantou mesmo a suspeita, o anos passado, de que os explosivos roubados dos paióis nacionais, entretanto desactivados, pudessem vir a ser usados num ataque à reserva de ouro do Carregado.
Segundo dados do World Gold Council, Portugal tem uma reserva de ouro total de 382 toneladas, a maior parte da qual se encontra guardada fora do país. À cotação actual do metal, as reservas nacionais têm um valor de cerca de 12 mil milhões de euros – o que torna Portugal um dos 15 países com maiores reservas de ouro do mundo.
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