Um grupo de cientistas norte-americanos está a usar células estaminais para desenvolver minicérebros que contêm ADN Neandertal. O verdadeiro objetivo desta investigação centrou-se em entender como se desenvolveu o órgão que faz de nós que realmente somos.
Os cientistas já tinham conseguido cultivar cérebros em miniatura a partir de células estaminais e, embora seja um grande passo na ciência, não é uma novidade. Mas, agora, conseguiram desenvolver cérebros neandertais e isto sim, é uma descoberta que nos deixa boquiabertos.
À frente do projeto está um grupo de cientistas da University of California San Diego School Of Medicine, projeto esse que só foi possível graças à ajuda e cooperação de várias áreas de investigação científica.
Os organóides (versões miniatura de órgãos usados para investigação) foram criados anteriormente a partir de tecido cerebral humano moderno. Todavia, a equipa de cientistas tem usado ADN Neandertal para criar pequenas versões do córtex da espécie humana já extinta há vários anos.
De acordo com a equipa, os minicérebros demoram vários meses a desenvolverem-se e, em comparação com os minicérebros de humanos modernos, os “neanderóides” apresentam uma rede neural anormal.
São estas diferenças que sugerem que os Neandertais não conseguiam comunicar-se tão bem quanto nós. Os seus cérebros não estavam, simplesmente, preparados para isso.
Criados em laboratório, os minicérebros de Neandertal são muito semelhantes a pipocas do tamanho de uma ervilha. Mas, apesar do seu tamanho, os cientistas afirmam que o modo como os neurónios se desenvolveram é muito parecido com o modo como alguns neurónios se desenvolvem em pessoas que sofrem de autismo.
Ainda assim, a equipa não estabeleceu qualquer relação. “Não quero que as famílias concluam que estou a comparar as crianças autistas com neandertais, mas esta é, de facto, uma observação importante”, afirmou Alysson Muotri, geneticista da Universidade da Califórnia, à Science Magazine.
Estes minicérebros cultivados a partir de células estaminais pluripotentes dão aos cientistas a possibilidade de entender melhor o cérebro e como este órgão se desenvolve. Além disso, dão também aos cientistas a possibilidade de testar novos fármacos num modelo humano, embora simplificado, que produz resultados mais fiéis do que os testes em animais.
Os cientistas tentaram criar um minicérebro Neandertal, mas não criaram um Neandertal vivo. Em vez disso, usaram células estaminais para desenvolver uma versão minúscula e simplificada de um órgão muito semelhante ao cérebro.
Ainda assim, esta foi uma medida tomada para entender melhor os nossos antepassados menos afortunados, que nos poderia ajudar a perceber como nos tornámos na espécie que somos hoje.
https://zap.aeiou.pt/minicerebros-neandertal-laboratorio-207588
Os cientistas já tinham conseguido cultivar cérebros em miniatura a partir de células estaminais e, embora seja um grande passo na ciência, não é uma novidade. Mas, agora, conseguiram desenvolver cérebros neandertais e isto sim, é uma descoberta que nos deixa boquiabertos.
À frente do projeto está um grupo de cientistas da University of California San Diego School Of Medicine, projeto esse que só foi possível graças à ajuda e cooperação de várias áreas de investigação científica.
Os organóides (versões miniatura de órgãos usados para investigação) foram criados anteriormente a partir de tecido cerebral humano moderno. Todavia, a equipa de cientistas tem usado ADN Neandertal para criar pequenas versões do córtex da espécie humana já extinta há vários anos.
De acordo com a equipa, os minicérebros demoram vários meses a desenvolverem-se e, em comparação com os minicérebros de humanos modernos, os “neanderóides” apresentam uma rede neural anormal.
São estas diferenças que sugerem que os Neandertais não conseguiam comunicar-se tão bem quanto nós. Os seus cérebros não estavam, simplesmente, preparados para isso.
Criados em laboratório, os minicérebros de Neandertal são muito semelhantes a pipocas do tamanho de uma ervilha. Mas, apesar do seu tamanho, os cientistas afirmam que o modo como os neurónios se desenvolveram é muito parecido com o modo como alguns neurónios se desenvolvem em pessoas que sofrem de autismo.
Ainda assim, a equipa não estabeleceu qualquer relação. “Não quero que as famílias concluam que estou a comparar as crianças autistas com neandertais, mas esta é, de facto, uma observação importante”, afirmou Alysson Muotri, geneticista da Universidade da Califórnia, à Science Magazine.
Estes minicérebros cultivados a partir de células estaminais pluripotentes dão aos cientistas a possibilidade de entender melhor o cérebro e como este órgão se desenvolve. Além disso, dão também aos cientistas a possibilidade de testar novos fármacos num modelo humano, embora simplificado, que produz resultados mais fiéis do que os testes em animais.
Os cientistas tentaram criar um minicérebro Neandertal, mas não criaram um Neandertal vivo. Em vez disso, usaram células estaminais para desenvolver uma versão minúscula e simplificada de um órgão muito semelhante ao cérebro.
Ainda assim, esta foi uma medida tomada para entender melhor os nossos antepassados menos afortunados, que nos poderia ajudar a perceber como nos tornámos na espécie que somos hoje.
https://zap.aeiou.pt/minicerebros-neandertal-laboratorio-207588
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