Avançar para o conteúdo principal

“Imposto Mortágua” pode começar nos 250 mil euros.

O novo imposto sobre imóveis, que vai constar da proposta do Orçamento de Estado para 2017, pode vir a ser aplicado a património a partir dos 250 mil euros, no caso das empresas. Para os particulares solteiros a taxa aplicar-se-á a partir dos 500 mil euros e as famílias pagarão a partir do um milhão de euros.

Na preparação do Orçamento de Estado (OE) para 2017, surgem detalhes sobre os moldes em que poderá vir a ser aplicado o novo imposto sobre o património imobiliário, também conhecido como o “Imposto Mortágua”, pela preponderância que a deputada do Bloco de Esquerda assumiu na sua defesa.

O Correio da Manhã cita uma versão preliminar da proposta de OE – que até ser apresentada na Assembleia da República, na próxima sexta-feira, ainda pode sofrer alterações -, e que determinará que a aplicação desta taxa adicional sobre os imóveis vai começar a partir dos 250 mil euros, no caso das empresas.

Mas haverá possibilidade de solicitar isenções do pagamento do imposto, nomeadamente em empresas classificadas com as actividades industrial e turística, de acordo com o CM.

No caso dos contribuintes individuais, o pagamento do novo imposto sobre o património imobiliário começa nos 500 mil euros, para os casos de solteiros e de heranças indivisas, e no um milhão de euros, para os casados e unidos de facto.

O CM também avança que o cálculo do imposto será baseado no “valor do conjunto do património global” do contribuinte e que será de 0,2%, recaindo sobre o montante acima dos limiares de isenção e não englobando o total do “valor patrimonial tributário” (VPT).

Isto quer dizer, que todo o património de um proprietário será somado e que se esse VPT ultrapassar um determinado limite, será aplicado o tal novo imposto que terá o nome de “Derrama Estadual Sobre o Património Imobiliário”, avança o CM.

Estes dados podem contudo, vir ainda a sofrer alterações, mas o imposto deve vir a ser pago anualmente em Setembro.

Costa está “tranquilo”

António Costa não quis comentar esta, nem as outras medidas que têm sido anunciadas, na preparação do OE para 2017.

O aumento de 10 euros em todas as pensões é uma das ideias que tem sido discutida pelos partidos de Esquerda e o acordo neste âmbito já esteve “mais longe”, segundo refere o líder da bancada parlamentar do PCP, João Oliveira.

Também os moldes em que vai terminar a sobretaxa de IRS estarão em análise, nomeadamente a possibilidade de o fim ser aplicado de forma gradual, em função do rendimento dos contribuintes.

O Bloco de Esquerda já avisou que é preciso cumprir “o que foi acordado”, defendendo o fim da taxa logo a 1 de Janeiro de 2017 para todos os contribuintes.

“Daqui a dois dias saberemos respostas para isso tudo”, disse o primeiro-ministro no final de uma recepção à comunidade portuguesa em Macau, no Consulado de Portugal, recusando comentar matérias relacionadas com conteúdos específicos da proposta de OE.

Costa também se declarou “tranquilo” com a forma como decorre o diálogo à esquerda para a viabilização da proposta do governo no Parlamento e desdramatizou o processo de discussão do OE com Bruxelas, onde o documento deve ser apresentado até 15 de Outubro.

Os pares europeus de Portugal já avisaram que a decisão da Comissão Europeia (CE) sobre a possível suspensão de fundos a Portugal e a Espanha “dependerá em larga medida” das propostas de OE para 2017.

O alerta foi dado pelo vice-presidente do Ecofin, Valdis Dombrovskis, na conferência de imprensa no final da reunião de ministros das Finanças da UE, no Luxemburgo, onde apontou que a CE terá em conta particularmente, “se esses orçamentos estão em linha com as decisões do Conselho para a correcção do défice excessivo”.



Comentário do Wilson:
Ainda a semana passada António Costa, em visita à China, afirmava que não iria haver aumento de impostos para as empresas.
Agora, não só rasga o contrato que fez pelas mãos de António Seguro em relação ao IRC como inventa um novo imposto onde as empresas serão as mais prejudicadas.

É assim que vamos recuperar a confiança dos investidores?!
Para aumentar a economia e o emprego é necessário empresários e investidores que acreditem em Portugal. Assim não vamos lá.



Em: http://zap.aeiou.pt/imposto-mortagua-pode-comecar-nos-250-mil-euros-133686

Comentários

  1. Ainda a semana passada António Costa, em visita à China, afirmava que não iria haver aumento de impostos para as empresas.
    Agora, não só rasga o contrato que fez pelas mãos de António Seguro em relação ao IRC como inventa um novo imposto onde as empresas serão as mais prejudicadas.

    É assim que vamos recuperar a confiança dos investidores?!
    Para aumentar a economia e o emprego é necessário empresários e investidores que acreditem em Portugal. Assim não vamos lá.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Maria Luís Albuquerque: “Pensamos que os depósitos bancários são seguros, mas seguro é que perdemos dinheiro com eles”

Maria Luís Albuquerque, que neste momento tenta implementar a união de poupança e investimentos na Europa, volta a reforçar a importância da literacia financeira, e lembra que a estratégia europeia inscrita neste programa irá avançar no primeiro trimestre  Maria Luís Albuquerque, comissária europeia com a pasta dos Serviços Financeiros e Mercado de Capitais, reforça que esta é a hora de se avançar em conjunto a união de poupanças e investimento, salientado a importância de os investidores olharem além dos depósitos bancários, um dos instrumentos mais usados pelos portugueses na hora de investir. "Nós pensamos que os depósitos bancários são seguros, eu neste momento diria que é seguro que perdemos dinheiro. A percepção de risco é algo que tem de ser trabalhado. Lá chegaremos", disse a comissária na conferência anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "Temos um pilar de investimento e financiamento, para canalizar poupanças privadas para investimentos pr...

Supercarregadores portugueses surpreendem mercado com 600 kW e mais tecnologia

 Uma jovem empresa portuguesa surpreendeu o mercado mundial de carregadores rápidos para veículos eléctricos. De uma assentada, oferece potência nunca vista, até 600 kW, e tecnologias inovadoras. O nome i-charging pode não dizer nada a muita gente, mas no mundo dos carregadores rápidos para veículos eléctricos, esta jovem empresa portuguesa é a nova referência do sector. Nasceu somente em 2019, mas isso não a impede de já ter lançado no mercado em Março uma gama completa de sistemas de recarga para veículos eléctricos em corrente alterna (AC), de baixa potência, e de ter apresentado agora uma família de carregadores em corrente contínua (DC) para carga rápida com as potências mais elevadas do mercado. Há cerca de 20 fabricantes na Europa de carregadores rápidos, pelo que a estratégia para nos impormos passou por oferecermos um produto disruptivo e que se diferenciasse dos restantes, não pelo preço, mas pelo conteúdo”, explicou ao Observador Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging...