Avançar para o conteúdo principal

China corta com Venezuela

China está a suspender empréstimos ao Governo venezuelano

Depois de emprestar milhões de dólares a Caracas, a China, está a suspender novos empréstimos ao Governo venezuelano, uma viragem nas relações bilaterais.

Depois de emprestar milhões de dólares a Caracas, a China, está a suspender novos empréstimos ao Governo venezuelano, uma viragem nas relações bilaterais que ocorre quando uma crise económica e humanitária afeta a Venezuela, segundo a CNN.

Citando vários analistas e dados, a estação de televisão norte-americana explica que, desde 2007 os bancos estatais da China emprestaram 60 mil milhões de dólares (53 mil milhões de euros) a Caracas, “mais do que a qualquer outros país da América Latina”, convertendo-se no “credor mais importante da Venezuela”.

A China não está especialmente interessada em emprestar mais dinheiro à Venezuela”, disse Margaret Myers, diretora do Inter-American Dialogue, um grupo de investigação sediado em Washington, que rastreia os empréstimos entre Pequim e a América Latina.
Segundo a CNN, do último valor emprestado à Venezuela, “aproximadamente 20 mil milhões de dólares, não há sinais de que poderá pagar devido à crise”, apesar de Caracas pagar a maioria dos empréstimos com envios de petróleo.

No ano passado, a petrolífera estatal de Venezuela, PDSA, enviou 579.000 barris de petróleo diários à Chiva, segundo uma auditoria financeira da empresa (venezuelana), mas este ano, a Venezuela – que tem as maiores reservas de petróleo do mundo – tem visto cair a sua produção a um mínimo de 13 anos”, afirma.
Por outro lado, explica que “fornecedores de serviços, como a Schlumberger (SLB), reduziram drasticamente a operações devido a faturas não pagas” pelo Governo socialista do Presidente Nicolás Maduro, que, segundo eles, “administrou mal os recursos e empurrou a economia para uma crise”.

A CNN sublinha que, tanto o ministério de Assuntos Exteriores da China, como o Ministério de Finanças da Venezuela não responderam a um pedido de comentários e explica que o Governo e as empresas chinesas estão a perder o interesse pela Venezuela.

“Desde 2010, as empresas chinesas investiram em média quase 2,5 mil milhões de dólares por ano na Venezuela. Na primeira metade desta ano só investiram 300 milhões, segundo dados do AEI”.

Explica que, no ano passado, a China Railway Engineering Company paralisou a construção de uma via férrea na Venezuela e que Pequim queria, em troca pelos empréstimos e serviços, “uma fonte segura de petróleo para os próximos anos”, vendo frustradas as suas intenções pela crise venezuelana, uma inflação de quase 700% e 8% de contração do PIB, segundo o FMI.


Em: http://observador.pt/2016/10/01/china-esta-a-suspender-emprestimos-ao-governo-venezuelano/

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Bruxelas obriga governo a acabar com os descontos no ISP

 Comissão Europeia recomendou o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos O ministro das Finanças garantiu que o Governo está a trabalhar numa solução para o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), recomendado pela Comissão Europeia, que não encareça os preços dos combustíveis. “Procuraremos momentos de redução dos preços, para poder reverter estes descontos”, afirmou o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que apresentou esta quinta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2026, em Lisboa. O governante apontou que esta questão é colocada pela Comissão Europeia desde 2023, tendo sido “o único reparo” que a instituição fez na avaliação do Programa Orçamental de Médio Prazo, em outubro do ano passado, e numa nova carta recebida em junho, a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP. O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, tinha já admitido "ajusta...