Avançar para o conteúdo principal

Fadiga Crónica associado à Hibernação

CIENTISTAS DESCOBREM O SEGREDO QUÍMICO DO SÍNDROME DA FADIGA CRÓNICA

Um estudo recente revela que o síndrome da fadiga crónica, geralmente associado ao sistema nervoso, pode ser uma forma de hibernação encontrada pelo metabolismo humano.

Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, detetaram uns marcadores químicos invulgares no sangue de pessoas que sofrem do síndrome da fadiga crónica.

De acordo com o estudo, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, os marcadores detetados indicam que a doença pode ser uma forma particular de hibernação, isto é, semelhante ao fenómeno da diapausa.

“Apesar do síndrome da fadiga crónica poder ocorrer por várias razões, o seu aparecimento também altera sempre o metabolismo das células”, explica Robert Naviaux, um dos responsáveis pelo estudo.

“É curioso que, em termos químicos, esta doença é similar à diapausa, um estado de baixa atividade metabólica em que os animais entram para conseguir sobreviver a condições ambientais adversas”, acrescenta.

O síndrome da fadiga crónica, também conhecida por encefalomielite miálgica, é um transtorno complexo que ainda não tem cura definitiva.

Tal como o nome indica, esta doença caracteriza-se por um cansaço profundo, dores musculares e nas articulações, perda de memória e da concentração.

Apesar de várias investigações, não se sabe qual é o motivo que provoca este transtorno e, por isso, muitos médicos atribuem-no a problemas do foro psicológico.

Os últimos resultados indicam que esta doença pode ocorrer quando o sistema nervoso se altera devido a constantes sinais de emergência como, por exemplo, aqueles provocados pelo stress.

Naviaux e a sua equipa compararam as biomoléculas do metabolismo de pacientes saudáveis e de pessoas que sofrem deste síndrome.

No sangue das pessoas com SFC, os cientistas detetaram o mau funcionamento das proteínas responsáveis pelo metabolismo.

A atividade destas proteínas estava bastante baixa, tal como acontece com o organismo dos animais quando estão a hibernar.


Em: http://zap.aeiou.pt/cientistas-descobrem-o-segredo-quimico-do-sindrome-da-fadiga-cronica-127827

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...