“A extração de lítio em Portugal é um engano, as reservas são pequenas e os custos de extração enormíssimos”
Adélio Mendes, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), confessa-se entusiasta das energias renováveis, mas não abdica da capacidade crítica sobre alguns projetos que têm em vista colocar o País no mapa das baterias de nova geração. “A extração de lítio em Portugal é um engano. As reservas em Portugal são pequenas, os custos da extração são enormíssimos, é uma extração que precisa de ser subsidiada para ser viável economicamente. E nós olhamos para o mar e temos milhares de vezes mais de lítio dissolvido na água do mar à espera de ser recolhido”, responde o cientista em entrevista ao Futuro do Futuro. Também no que toca o uso do hidrogénio como vetor que armazena e permite transportar energia, Adélio Mendes é especialmente crítico, devido aos custos implicados. “É um mau vetor energético”, reitera o cientista. Segundo as estimativas que realizou, o projeto de produção e transporte de hidrogénio entre Sines e a Holanda terá sempre de debater-se com o custo d