Os casos mais graves de que é suspeito são as mortes e lesões corporais que, alegadamente, terá provocado. Foi já indiciado pelo homicídio doloso de três homens e uma mulher, mas as investigações aos restantes casos ainda prosseguem.
Cirurgião foi indiciado por três mortes e está a ser investigado por outras 39 e ainda por 114 casos de lesões corporais. O cirurgião foi detido e está a cumprir prisão preventiva.
Os relatos de antigos pacientes e ex-colegas dão conta de procedimentos desnecessários, diagnósticos falsos e realização de quase 30 cirurgias por turno.
É o caso de Simone, operada há 11 anos por João Couto Neto, para retirar um nódulo no intestino.
“Retirou 10 centímetros do meu intestino à volta do nódulo, pois teria um tumor muito raro que [o médico] não sabia como tratar”, conta ao G1.
Mas o diagnóstico não se viria a confirmar. Após uma biópsia, Simone descobriu que sofria de endometriose. “Não tinha nenhum tumor, nenhum problema no meu intestino”.
Outro relato dá conta do número ‘anormal’ de cirurgias que o médico realizava num só turno: numa manhã, chegaram a ser 27. A situação deixava a equipa que trabalhava com o cirurgião em alerta.
“Numa manhã só fez 27 cirurgias. Não é possível, porque teria que ficar parado à espera de paciente atrás de paciente na mesma mesa cirúrgica”, conta a profissional, que prefere não ser identificada.
Mas os casos mais graves de que é suspeito são as mortes e lesões corporais que, alegadamente, terá provocado. Foi já indiciado pelo homicídio doloso de três homens e uma mulher, mas as investigações aos restantes casos ainda prosseguem.
João Couto Neto chegou a estar impedido de realizar cirurgias e intervenções invasivas por decisão da justiça, mas a proibição expirou e, desde outubro, esteve apto para voltar a realizar estes procedimentos, tendo optado, no entanto, por não o fazer.
O médico foi detido na quinta-feira, num hospital em São Paulo, e aguarda agora, em prisão preventiva, para ser ouvido em tribunal. Até porque ainda estão pendentes as investigações às restantes mortes de que é suspeito.
Comentário do Wilson:
é o que dá fazer horas extras.
e em Portugal em vez do SNS ter mais médicos, o Estado quer é que eles façam mais horas extraordinárias...
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