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Lâmpadas economizadoras: como escolher e usar




mão agarra lâmpada em frente a um candeeiro de mesa


As lâmpadas economizadoras ajudam a iluminar a casa de modo mais eficiente. Revelamos a lâmpada certa para cada divisão e descomplicamos o rótulo.

Início

As lâmpadas economizadoras, sobretudo as LED, são mais caras, mas permitem poupar na utilização. Escolha o tipo de lâmpada em função da divisão a que se destina. Quando esta perder a intensidade ou deixar de funcionar, não a deite no lixo: entregue-a na loja ou ecocentro. Veja as indicações da embalagem. Como os rótulos nem sempre são muito claros, descodificamos os principais símbolos.

Como poupar com lâmpadas LED

A iluminação da casa representa 10% dos gastos em eletricidade. As lâmpadas LED já conseguem bater as rivais em eficiência e o preço tem vindo a baixar significativamente. Aposte nas lâmpadas LED para luz ambiente. Ao fim de 6 anos, todas as LED continuam a garantir luz e com a mesma intensidade, mesmo ligando e desligando muitas vezes o interruptor.

Para tirar a limpo se as lâmpadas LED apresentavam uma longa durabilidade, todas as que adquirimos para testar entre 2010 e 2014 foram continuamente ligadas no laboratório até deixarem de funcionar ou até atingirem a duração indicada. Das 410 lâmpadas que sujeitámos a este teste, só 76 se ficaram pelas 10 mil horas e 274 duraram mais de 20 mil horas, sendo que muitas ultrapassaram esse valor. Grande parte das avarias ocorreram com as lâmpadas compradas no início do teste. Aquelas que adquirimos a partir de 2012 têm uma taxa de avaria menor.

Feitas as contas, por ano, as LED são a opção mais barata. E também não sofrem com o efeito do frio: podem ser usadas no exterior sem perda de luminosidade ou maior tempo de arranque.

Trocar e reciclar lâmpadas

No fim de vida, não deite as lâmpadas no lixo. As compactas fluorescentes incluem mercúrio e as LED muitos componentes metálicos nocivos para o ambiente.

É obrigatório alertar o consumidor na lâmpada, com um ícone. As lâmpadas já gastas devem ser sempre entregues na loja onde comprar a nova lâmpada ou nos pontos de recolha de resíduos apropriados. O importante é considerar estes produtos como materiais eletrónicos, que, tal como todos os outros, não devem ser depositados no lixo normal.

Quando substituir uma lâmpada fluorescente compacta, tenha cuidado ao manuseá-la, para evitar quebras e libertação do mercúrio. Por exemplo, ao enroscar o casquilho, não o aperte com demasiada força.

Proteger a saúde 

O mercúrio é um componente essencial ao funcionamento das lâmpadas fluorescentes compactas, mas está limitado a 2,5 mg por lâmpada desde janeiro de 2013. Um termómetro antigo tinha cerca de 500 mg, ou seja, 100 vezes mais. A lâmpada não liberta mercúrio quando está acesa, mas, se partir, o mercúrio pode espalhar-se. Este risco é mais reduzido em lâmpadas de invólucro duplo.

Ainda assim, caso aconteça uma quebra, areje o local durante, pelo menos, 15 minutos e com um pedaço de cartão, varra o vidro partido e o mercúrio para um frasco de vidro ou saco de plástico e feche-os. Não use o aspirador. Lave o chão com um pano húmido e deite-o fora quando terminar.

Consumidores com pele mais sensível podem ressentir-se com os raios ultravioleta das lâmpadas economizadoras. Para a maioria da população, só uma exposição prolongada (cerca de 8 horas) a uma distância inferior a 20 centímetros pode, eventualmente, provocar lesões na pele ou na retina do olho.

Ler o rótulo

Fluxo luminoso, tempo de vida em horas, número de ciclos ligar/desligar, cor e tempo para acender são dados obrigatórios. Nas lâmpadas direcionais (como os focos de luz) é ainda obrigatório apresentar o ângulo do feixe luminoso. A diretiva ecodesign para lâmpadas economizadoras obriga os fabricantes a tornarem os rótulos mais úteis e claros. As primeiras embalagens com informação obrigatória começaram a aparecer em setembro de 2010 e davam indicações sobre a temperatura de cor ou tempo de vida.

Os fabricantes têm de disponibilizar informação nos seus sites, como o tempo de arranque ou o fluxo luminoso no fim do tempo de vida (não basta uma lâmpada ficar acesa durante 15 mil horas se ao fim das primeiras 5 mil perde metade do fluxo).

Escolher o modelo mais adequado era uma tarefa difícil e, por vezes, até dececionante, quando a cor da luz não agradava. No caso das lâmpadas fluorescentes compactas, existia ainda o problema de não se conhecer o tempo que demoram a atingir uma luminosidade razoável. Por esta razão, o consumidor não sabia se era indicada para corredores e zonas de passagem, onde é preciso acender quase de imediato, por exemplo.

Por imposição da Comissão Europeia, os fabricantes começaram a incluir informação prática no rótulo. Porém, a quantidade de símbolos que as embalagens atuais incluem e a falta de ícones iguais em todas as marcas nem sempre tornam a escolha simples. Mostramos como ler os rótulos e fazer boas compras.

Fluxo luminoso

Os consumidores estão habituados a comparar a potência em Watts, mas nas lâmpadas economizadoras importa, sobretudo, a quantidade de lúmens emitidos. Duas lâmpadas com a mesma potência podem emitir fluxos luminosos muito diferentes.

Tempo de vida em horas

Essencial para avaliar a durabilidade. Quanto maior, mais económica é a lâmpada. Mas a diretiva permite que apenas 50% das lâmpadas cumpram as 6000 horas, o que é insuficiente.

Ciclos ligar e desligar

Indica o número de vezes que a lâmpada pode ser ligada e desligada. Critério fundamental se pretende usá-la na despensa ou na casa de banho.

Cor

Através do número de Kelvin (K), é possível identificar a cor. Uma lâmpada com 2700 K apresenta uma cor de luz idêntica à das incandescentes; uma com 4000 K é mais branca. Algumas embalagens referem warm white, para descrever luz semelhante à incandescente ou cold white, para luz mais branca.

Os fabricantes podem adicionar informação sobre o índice de restituição de cor: a capacidade que a luz emitida tem de reproduzir a cor real dos objetos. Quanto mais próximo de 100, maior a capacidade.

Ângulo do feixe luminoso

Nas lâmpadas refletoras, mais conhecidas por focos ou spots, é importante verificar qual o ângulo do feixe de luz. Tal permite perceber qual será a área iluminada por cada lâmpada. Por exemplo, com um ângulo de 5º, o feixe concentra-se numa área mais restrita do que com 120º. Um ângulo mais fechado pode servir para iluminar quadros e mesas de apoio, enquanto um mais aberto pode iluminar uma área de trabalho, como uma secretária ou uma bancada de cozinha.

Tempo de arranque

Número de segundos que a lâmpada demora a atingir 60% do fluxo luminoso. Quando tal acontece em 1 segundo, os fabricantes podem alegar instant full light. É o caso das lâmpadas de halogéneo e de LED.

Ao frio ou na rua

As lâmpadas fluorescentes compactas são menos eficientes em locais de baixa temperatura ou no exterior, como na porta de entrada da casa. Para contrariar esta tendência, alguns fabricantes criaram modelos específicos.

Diâmetro e comprimento

Verifique se as medidas correspondem às do candeeiro.

Mercúrio

O rótulo deve indicar a quantidade de mercúrio em miligramas. A lei permite um máximo de 2,5 miligramas.

Regulador de intensidade

Só alguns modelos podem ser usados em candeeiros ou interruptores com dispositivo regulador de intensidade (também conhecido por dimmer).


Lâmpada certa por divisão

O tipo e o número certo de lâmpadas aumenta o bem-estar e reduz os custos. Analise a utilização que faz de cada espaço para escolher a iluminação mais eficiente.

Para ter ideia da equivalência numa lâmpada incandescente em Watts (W), divida o número de lúmens por 10: a um fluxo luminoso de 600 lúmens corresponde uma incandescente com 60 Watts.

Para escadas, casas de banho e zonas de passagem, opte por uma lâmpada que acenda rapidamente e possa ser ligada e desligada com frequência. Com menor uso, outros espaços, como as zonas de passagem, exigem menos fluxo. Para a garagem ou cave, escolha as adequadas a ambientes frios ou para exterior. Se a lâmpada estiver num local de difícil acesso, prefira uma de longa duração. Se usar lâmpadas fluorescentes compactas, prefira as de invólucro duplo em escritórios, quartos de crianças e cozinhas.

A cor da luz é decisiva no conforto. Uma luz amarelada, como a do nascer ou pôr-do-sol, transmite tranquilidade, é mais quente e acolhedora. Já uma luz branca ou azul transmite frieza, ideal para atividades que exigem concentração e dinâmica. Preste atenção às características de cada tecnologia. Algumas lâmpadas economizadoras, como as fluorescentes compactas, revelam nos testes atrasos no arranque, pelo que são desaconselhadas em escadas, ou falta de resistência ao ligar e desligar frequente. Mostram-se ainda pouco práticas na casa de banho.

Sala de estar e jantar

Crie pontos de luz para diferentes necessidades. Candeeiros de teto ou parede devem fornecer luz ambiente. Opte por lâmpadas LED entre 12 e 15 W para o teto, que fornecem entre 1000 e 1200 lúmens, ou 2 a 3 lâmpadas de parede com 650 lúmens (LED de 11 W). Os candeeiros devem ser translúcidos com luz difusa.

Um candeeiro pendente com vários pontos de luz, ao longo da mesa, permite iluminar a refeição. Não precisa de muita intensidade, se o colocar a 60 e 80 cm do tampo: 500 lúmens por lâmpada são suficientes (LED de 6 a 8 W ou menor, se forem 4 focos).

Um candeeiro de pé ou de mesa, a 80 cm da zona de trabalho, com 500 lúmens, é ideal para ler, pintar ou costurar. Use uma lâmpada LED (6 a 8 W) de ângulo mais aberto.

Caso queira fazer trabalhos de desenho, procure um candeeiro com lâmpadas de halogéneo de casquilho G9 ou G4, com 35 W, por exemplo.  

Cozinha

Se existir um local para refeições, deve ter uma luz específica. Uma LED, não refletora, com 650 a 850 lúmens (8 a 10 W) é uma boa escolha. A luz de teto deve ser suficiente para conseguir limpar a cozinha. Fluorescentes tubulares são muito eficientes, com um fluxo elevado e difuso (acima dos 3000 lúmens, que consegue com duas lâmpadas de 24 W ou uma de 39 Watts).

Um único candeeiro de teto é desadequado: ao trabalhar na bancada, lava-loiças ou fogão, o corpo provoca sombra. Estas áreas devem ter luzes focalizadas. As lâmpadas de halogéneo (20 a 28 W de potência) ou LED (6 W cada), por baixo dos armários, são eficazes.

Quarto

É prático ter um ponto de luz no roupeiro, por exemplo, com pequenas LED (3 a 4 Watts). No teto, uma lâmpada de 850 lúmens é suficiente. Uma LED de 10 W é o ideal. Se instalar um regulador de intensidade, pode adequar aos diferentes usos, mas certifique-se de que é compatível com a lâmpada. É útil um interruptor para a luz de teto junto à cabeceira da cama.

Se utiliza as luzes de cabeceira para ler, uma lâmpada LED (cerca de 6 W) é a melhor opção.

Casa de banho

É importante saber se há sujidade ou água no chão e garantir que se barbeia ou maquilha com o máximo de luz. Precisa de lâmpadas de um lado e do outro do espelho para os detalhes do rosto. Evite por cima do espelho: provoca sombras na parte inferior da cara e encandeia. Prefira lâmpadas LED (6 W), com boa restituição de cor.

Com arranque rápido, a lâmpada do teto tem de difundir bastante luz (LED de 10 Watts). Se só tiver um ponto de iluminação, escolha um candeeiro com vários focos.

Descubra as diferenças antes de visitar a loja

  • Lâmpada fluorescente compacta: consome pouca energia e pode durar até 10 anos. É lenta a arrancar. Algumas lâmpadas podem demorar um minuto até terem metade do fluxo luminoso total. Não reproduz bem as cores. O preço ronda os 3 euros.
  • Lâmpada LED: tempo de vida longo, muitas vezes superior a 15 anos, desperdiça menos calor e é a mais eficiente. A tecnologia está em desenvolvimento, mas já é a opção mais económica. O preço médio é de € 6, mas encontra a partir de 3 euros.
  • Lâmpada de halogéneo: parecida com a incandescente, produz luz mais brilhante, tem um tempo de vida útil longo e é um pouco mais eficiente. Garante melhor qualidade de luz. Desde 1 de Setembro de 2018 só está disponível em formatos específicos (G9, G4, R7S) e o preço ronda os 2 euros.

Aproveite a luz natural

Para tirar o maior partido da luz natural ou artificial, as paredes devem ter cores claras, que refletem melhor a luz. Procure equipar a casa com cortinados translúcidos e não opacos para permitir a entrada de luz natural durante o dia.

A luz solar é a mais eficaz. Permite uma restituição perfeita de cores, bem como variações de coloração, intensidade e distribuição de luminosidade. É gratuita, inesgotável, não poluente e tem benefícios para a saúde. Com a iluminação adequada, produz mais, aumenta os níveis de atenção, melhora o sono e potencia o bem-estar.

https://www.deco.proteste.pt/casa-energia/eletricidade-gas/dossies/lampadas-economizadoras-como-escolher-e-usar




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