Avançar para o conteúdo principal

Sintra recebe o primeiro “Bairro Solar” de Portugal

Belas Clube de Campo

O primeiro "bairro solar" em Portugal já está registado. É em Belas, no Concelho de Sintra, no empreendimento Lisbon Green Valley, que vai nascer a primeira comunidade de partilha de energia solar do país.

A EDP Comercial e a Planbelas, acabam de lançar, no Lisbon Green Valley, em Sintra, o primeiro “Bairro Solar “, Comunidade de Autoconsumo Coletivo de Energias Renováveis” (CACER) de Portugal, com o objetivo de promover a produção de energia a partir do sol e, por isso, 100% renovável, e o seu autoconsumo, gerando poupanças substanciais na fatura de eletricidade.

“Este novo modelo promove a produção e partilha de energia localmente, oferecendo grandes benefícios também em termos de sustentabilidade, permitindo melhorar a eficiência energética dos participantes do bairro solar e uma redução substancial na geração de Gases de Efeito de Estufa (GEE)”, pode ler-se no comunicado enviado ao SINTRA NOTÍCIAS.

Esta iniciativa que numa primeira fase arrancou como um projeto-piloto será agora alargada a todo o conjunto residencial do Lisbon Green Valley, podendo chegar às 100 moradias e edifícios até ao final do próximo ano.

Trata-se de uma iniciativa pioneira no segmento residencial e um exemplo a seguir. “A recente inovação legislativa autoriza a criação das comunidades energéticas de autoconsumo coletivo, ou bairros solares, ao permitir que haja uma cedência de energia solar de painéis fotovoltaicos instalados numa moradia – o produtor – para outras residências ou empresas na vizinhança – o consumidor”.

Belas Clube de Campo, na União das Freguesias de Queluz e Belas, no concelho de Sintra
Neste primeiro bairro solar, uma moradia com 9 painéis solares instalados e de 330W cada, com um total de 2970W de potência instalada, estima-se que obtenha uma poupança de 500 euros/ano e que evite a emissão de quase uma tonelada de CO2 para a atmosfera por ano.

O Lisbon Green Valley foi o local escolhido para implementação do 1º Bairro Solar de Portugal, não só por ser um dos empreendimentos residenciais mais sustentáveis da Europa, como também pelos objetivos estratégicos de ambas as empresas em matéria de sustentabilidade.

Recorde-se que o Governo aprovou recentemente a legislação que visa promover o autoconsumo partilhado de energia renovável e, por isso, o conceito de comunidades de energia, medida importante para alcançar uma quota de 47% de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto, em 2030. Anunciando ainda que os consumidores que produzam a sua própria energia elétrica para consumo individual ou coletivo, e que injetem eletricidade excedente na rede nacional, vão passar a estar isentos do pagamento dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), responsáveis por uma fatia substancial da fatura de eletricidade.


Comentários

Notícias mais vistas:

Habitação a custos controlados: novas medidas do Governo

 O Governo ajustou as regras da habitação a custos controlados para refletir os aumentos nos custos de construção e atrair mais promotores Com os custos de construção, energia e terrenos a subir nos últimos anos, muitos projetos de habitação acessível deixaram de ser viáveis. Para dar resposta a esta realidade, o Governo decidiu atualizar as regras da habitação a custos controlados, ajustando os limites de custo e tornando o regime mais atrativo para quem quer construir ou reabilitar casas com preços mais baixos. A medida foi publicada na Portaria n.º 265/2025/1 e entra em vigor já este mês. Esta é a terceira revisão da legislação original, criada em 2019, e tem como objetivo adaptar o regime à nova realidade do mercado. O que muda? A principal alteração está na forma como se calcula o custo de promoção (CP) por metro quadrado — ou seja, quanto pode custar a construção de uma casa ao abrigo deste regime. A fórmula foi atualizada para ter em conta: O aumento dos custos de construção...

Condomínio condenado a pagar 450 mil euros pela morte de três alunos esmagados por um muro em Braga

 A Câmara de Braga, que também era ré no processo, foi absolvida. O muro em questão era uma estrutura que, desde 1996, acolhera as caixas de correio de um prédio ali existente, mas que, em 2012, deixou de ter qualquer utilidade. A administração do condomínio tinha sido alertada para o estado de degradação O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga fixou em 150 mil euros o valor da indemnização a pagar aos pais de cada um dos três estudantes da Universidade do Minho que morreram esmagados por um muro, em 2014. Por sentença de 18 de junho, a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira e que surge mais de um ano depois do início do julgamento, o tribunal determinou que a indemnização seja paga pela empresa administradora de condomínio responsável pela construção, sem licenciamento camarário, do referido muro, para acolher as caixas de correio de um prédio. O pagamento será assegurado pelo condomínio e respetivas seguradoras. A Câmara de Braga, que também era ré no processo, foi absolvid...

A Tesla está com mais problemas do que se pensa

Homem mais rico do mundo foi o maior apoiante do presidente dos Estados Unidos. Agora está com problemas Os problemas da Tesla vão muito para além da recente discussão entre o CEO Elon Musk e o presidente Donald Trump, que acusou o antigo “primeiro amigo” de estar “completamente ‘fora dos carris’” numa luta de bofetadas nas redes sociais durante o fim de semana. Mas enquanto as batalhas entre Musk e Trump estão a receber toda a atenção, as perspectivas para as receitas e os resultados da Tesla pioraram consideravelmente. E a empresa pode até voltar a perder dinheiro, por razões não relacionadas com a política pessoal de Musk. Musk foi o maior apoiante financeiro de Trump durante a campanha de 2024, e foi um dos pilares de Mar-a-Lago e da Casa Branca no início do segundo mandato de Trump, com o seu papel na redução da força de trabalho federal no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Mas Musk anunciou desde então que estava a criar um novo partido político devido ao seu desco...