Avançar para o conteúdo principal

Ex-diretor de campanha de Trump entrega-se às autoridades

Em causa a investigação sobre alegadas interferências da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas

O ex-diretor de campanha do presidente Donald Trump, Paul Manafort, entregou-se hoje às autoridades judiciais norte-americanas. Em causa está a investigação relacionada com interferências da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.

Rick Gates, sócio de Paul Manafort, também se irá entregar às autoridades, segundo a imprensa norte-americana.

Manafort chegou às instalações do FBI, em Washington, esta manhã. Está acusado, entre outros crimes, de conspiração contra os Estados Unidos e de lavagem de dinheiro, segundo foi mais tarde anunciado.

Segundo o New York Times, o nome de Rick Gates surge em documentos de empresas sediadas em Chipre através das quais Manafort terá recebido pagamentos provenientes da Europa de Leste.

Um grande júri aprovou na sexta-feira, num tribunal de Washington, as primeiras acusações no âmbito da investigação sobre a alegada interferência russa nas eleições de 2016 nos EUA liderada pelo procurador especial Robert Mueller.

"Um grande júri federal de Washington DC aprovou na sexta-feira as primeiras acusações na investigação conduzida pelo procurador especial Robert Mueller", escreveu a CNN na sua página de Internet, indicando que essas acusações não foram tornadas públicas por ordem de um juiz federal.

Não foi claro quais são as acusações nem contra quem, mas segundo a estação de televisão, que cita fontes anónimas com conhecimento do caso, havia planos para que qualquer acusado pudesse ser detido a partir de hoje.

Mueller foi nomeado em maio do ano passado procurador especial para a investigação da alegada interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro do ano passado e para averiguar se houve algum tipo de coordenação entre a campanha do atual Presidente Trump e o Kremlin.

No âmbito da investigação do caso com a Rússia liderada por Mueller estão na mira, entre outros, o genro e assessor de Trump, Jared Kushner, o seu ex-diretor de campanha Paul Manafort e o seu ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn.

Além da equipa dirigida por Mueller, várias comissões do Congresso norte-americano estão a levar a cabo investigações paralelas.

Em finais de julho decorreram buscas na casa de Paul Manafort em Alexandria, no estado de Virginia, nas quais foram apreendidos vários documentos e outros materiais. Segundo informou então a Reuters, as buscas ocorreram sem aviso prévio e um dia depois de Manafort se ter reunido com o Comité dos Serviços de Inteligência do Senado. Nesse encontro, terá falado sobre a reunião que teve com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho do ano passado.

Manafort foi uma das pessoas que esteve na reunião de Trump Jr. com a advogada russa Natalia Veselnitskaya, que alegadamente teria informações que podiam comprometer a candidata presidencial democrata Hillary Clinton. Manafort foi à reunião com o genro e com o filho de Trump.

Paul Manafort começou a trabalhar para Trump em março do ano passado, enquanto o empresário era ainda candidato à presidência dos Estados Unidos, e demitiu-se em agosto.

A demissão esteve envolvida em polémica, já que Manafort abandonou a campanha após surgirem relatos de que terá trabalhado secretamente para interesses russos no passado.

https://www.dn.pt/mundo/interior/ex-diretor-de-campanha-de-trump-vai-entregar-se-as-autoridades-8882730.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...