Avançar para o conteúdo principal

Emiratos Árabes Unidos criaram app de mensagens ToTok para espiar os utilizadores


O The New York Times relata que a ToTok é na verdade uma ferramenta de espionagem criada pelo governo dos Emiratos Árabes Unidos para monitorizarem as conversas e os movimentos dos utilizadores.

AToTok conta já com milhões de utilizadores, a maioria dos quais nos Emiratos Árabes Unidos, uma zona onde WhatsApp ou Skype estão parcialmente bloqueados. O serviço promete trocas de mensagens rápidas, gratuitas e seguras, chegando também a outras regiões do globo. Peritos de inteligência dos EUA e a equipa do próprio The New York Times concluem, no entanto, que a ToTok está a ser para espionagem a favor do governo dos EAU aos cidadãos, com a vigilância sobre os conteúdos partilhados e sobre os movimentos de cada utilizador. Esta última informação é conseguida devido à autorização conseguida para apresentar atualizações meteorológicas.

Patrick Wardle, um dos analistas envolvidos neste estudo, diz que «há uma beleza nesta abordagem. Não é necessário piratear as pessoas para as espiar se conseguirmos que elas voluntariamente descarreguem a aplicação para o telefone. Com o upload de contactos, chats de vídeo, localização, que mais informações são necessárias?», cita o The Verge.

A reportagem do NYT detalha que a Breej Holding, que criou a ToTok, será uma fachada para a empresa de cibersegurança de Abu Dhabi DarkMatter. A DarkMatter tem ligações com as agências de espionagem dos EAU e é gerida por ex-operacionais da NSA e de agências militares israelitas. A aplicação está também ligada à Pax AI, uma empresa de mineração de dados ligada à comunidade de inteligência dos Emiratos.

Nenhuma das entidades envolvidas nesta alegação comentou o tema, mas a Google e a Apple já removeram a ToTok das suas lojas de aplicações.

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2019-12-23-Emiratos-Arabes-Unidos-criaram-app-de-mensagens-ToTok-para-espiar-os-utilizadores

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

Franceses prometem investir "dezenas de milhões" na indústria naval nacional se a marinha portuguesa comprar fragatas

  Se Portugal optar pelas fragatas francesas de nova geração, a construtora compromete-se a investir dezenas de milhões de euros na modernização do Arsenal do Alfeite e a canalizar uma fatia relevante do contrato diretamente para a economia e indústria nacional, exatamente uma das prioridades já assumidas pelo ministro da Defesa, Nuno Melo Intensifica-se a "luta" entre empresas de defesa para fornecer a próxima geração de fragatas da marinha portuguesa. A empresa francesa Naval Group anunciou esta terça-feira um plano que promete transformar a indústria naval nacional com o investimento de "dezenas de milhões de euros" para criar um  hub  industrial no Alfeite, caso o governo português opter por comprar as fragatas de nova geração do fabricante francês. "O Naval Group apresentou às autoridades portuguesas uma proposta para investir os montantes necessários, estimados em dezenas de milhões de euros, para modernizar o Arsenal do Alfeite e criar um polo industrial...