Avançar para o conteúdo principal

Ajustamento em Portugal «vai durar mais 3 anos»

Regling prevê que ajustamento em Portugal dure mais 3 anos

Diretor do fundo de resgate do euro espera que o progresso que foi conseguido até agora «não seja abandonado»

O diretor do fundo de resgate do euro avisa que seria um erro se Portugal abandonasse agora a estratégia de austeridade. Em entrevista à TVI, Klaus Regling, elogia os esforços que estão a ser feitos pelo país e prevê que o ajustamento da economia nacional dure mais dois a três anos.

«Eu sei que quando um país está no meio da crise, a população, frequentemente, pensa que isto não vai acabar nunca. É característico de uma crise, não se sabe quando acaba. Mas eu estou convencido que não vai durar uma década, porque deveria? Metade ou mais de metade já foi atingido, por isso, este período de ajustamento não vai durar para sempre. Dois ou três anos é uma boa estimativa, certamente não será uma década», disse.

Questionado sobre se Portugal terá de reestruturar a sua dívida, como fez a Grécia, Regling responde: «Não sei, (...) há académicos que recomendam isso mas a situação não é de todo evidente. Eu não vejo essa necessidade, neste momento».

«Na minha visão, o programa português está a correr bem. Eu sei que a população não o vê dessa forma porque são eles que fazem os sacrifícios, sentem as consequências negativas em primeiro lugar, uma taxa de desemprego elevada, cortes no rendimento e isso vai continuar durante algum tempo, receio. Mas vemos um progresso muito claro. A competitividade tem melhorado, o défice corrente tem encolhido significativamente, houve em Portugal um excedente comercial pela primeira vez em décadas, o défice orçamental tem descido. Isso são progressos muito bons», acrescentou.

O responsável espera, ainda assim, que o progresso que foi conseguido nos últimos dois anos e meio não seja abandonado prematuramente. «Está ao alcance, seria uma pena abandoná-lo agora», disse.


Em: http://www.tvi24.iol.pt/economia---troika/klaus-regling-regling-ajustamento-resgate-austeridade/1459136-6375.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...

"Bolsa tem risco, depósitos têm certeza de perda"

Maria Luís Albuquerque, comissária europeia para Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, diz ser "indispensável" mobilização da poupança privada para financiar prioridades europeias.  É “indispensável” que haja na Europa uma “mobilização da poupança privada – que tem volumes significativos” – para financiar as “prioridades” europeias, porque, defende Maria Luís Albuquerque, comissária europeia, os “orçamentos públicos não serão suficientes“. A ex-ministra das Finanças, que na Comissão Europeia recebeu a pasta dos Serviços Financeiros e a União da Poupança e do Investimento, assinala que, sobretudo no contexto geopolítico atual, têm de ser dadas condições ao cidadãos para investirem mais nos mercados de capitais – porque “investir nos mercados de capitais tem risco de perda, aplicar poupanças em depósitos a prazo tem tido certeza de perda“. As declarações de Maria Luís Albuquerque foram feitas num evento anual da CMVM, o supervisor do mercado de capitais portu...