Transportes: passe social único pode chegar em 2014
18 municípios da AML estão «próximos de um consenso»
O Coordenador do Grupo de Vereadores da Mobilidade e dos Transportes dos Municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) afirmou esta segunda-feira que um passe social único para toda a AML pode ser realidade já em 2014.
Joaquim Santos falava no encerramento da conferência «A região metropolitana, a mobilidade e a logística», que decorreu hoje, na capital.
Em declarações à agência Lusa, Joaquim Santos afirmou que os 18 municípios da AML estão «próximos de um consenso» sobre a resposta ao projeto da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa para o alargamento do passe social intermodal a toda a área metropolitana.
Os municípios, explicou, vão propor alterações de formato - «passando de cerca de 44 para 23 zonas» - e de preço, sugerindo que se fixe como limite do passe o preço que os utentes pagam hoje pelo L-123, menos de 70 euros.
«Os preços apresentados parecem-nos muito elevados. Pensamos que não existem condições na economia, no rendimento das famílias, para suportá-los», acrescentou o autarca, citado pela Lusa.
Na perspetiva da AML, estas alterações vão «possibilitar um aumento da rentabilidade económica e social do sistema de transportes» e «podem significar a alteração histórica» de uma tendência de «décadas de perda de utentes».
«Esta proposta vai obrigar a autoridade de transportes a efetuar alguns estudos, mas se eles forem efetuados nos próximos dois, três meses, como achamos exequível, cremos que em 2014 haverá condições para avançar», disse.
No encerramento da conferência, concluiu-se ainda pela necessidade de «garantir uma visão política regional» à gestão dos transportes: «Precisamos de uma região administrativa eleita, que comande o gestor operacional dos transportes. Estes gestores operacionais têm que estar subordinados a uma visão política. E a visão política que falta é a visão regional. Daí defendermos a regionalização. Podia já começar-se pela AML, elegendo pessoas para coordenarem esta área dos transportes», defendeu Joaquim Santos.
Este encontro ficou marcado pelos protestos que, durante a manhã, impediram o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, de falar, levando mesmo o governante a abandonar a sala. Cerca de duas dezenas de manifestantes da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) levantaram-se, rindo e a gritando: «Queremos o nosso dinheiro, este Governo para a rua».
Joaquim dos Reis Marques, presidente da Comissão Permanente de Transportes e Mobilidade da Assembleia Metropolitana de Lisboa, afirmou que «lamenta» o sucedido, mas destacou que, para a Assembleia Metropolitana de Lisboa, «o importante é o debate sobre a mobilidade e os transportes, que é premente».
Em: http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/transportes-passe-social-unico/1456564-6377.html
18 municípios da AML estão «próximos de um consenso»
O Coordenador do Grupo de Vereadores da Mobilidade e dos Transportes dos Municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) afirmou esta segunda-feira que um passe social único para toda a AML pode ser realidade já em 2014.
Joaquim Santos falava no encerramento da conferência «A região metropolitana, a mobilidade e a logística», que decorreu hoje, na capital.
Em declarações à agência Lusa, Joaquim Santos afirmou que os 18 municípios da AML estão «próximos de um consenso» sobre a resposta ao projeto da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa para o alargamento do passe social intermodal a toda a área metropolitana.
Os municípios, explicou, vão propor alterações de formato - «passando de cerca de 44 para 23 zonas» - e de preço, sugerindo que se fixe como limite do passe o preço que os utentes pagam hoje pelo L-123, menos de 70 euros.
«Os preços apresentados parecem-nos muito elevados. Pensamos que não existem condições na economia, no rendimento das famílias, para suportá-los», acrescentou o autarca, citado pela Lusa.
Na perspetiva da AML, estas alterações vão «possibilitar um aumento da rentabilidade económica e social do sistema de transportes» e «podem significar a alteração histórica» de uma tendência de «décadas de perda de utentes».
«Esta proposta vai obrigar a autoridade de transportes a efetuar alguns estudos, mas se eles forem efetuados nos próximos dois, três meses, como achamos exequível, cremos que em 2014 haverá condições para avançar», disse.
No encerramento da conferência, concluiu-se ainda pela necessidade de «garantir uma visão política regional» à gestão dos transportes: «Precisamos de uma região administrativa eleita, que comande o gestor operacional dos transportes. Estes gestores operacionais têm que estar subordinados a uma visão política. E a visão política que falta é a visão regional. Daí defendermos a regionalização. Podia já começar-se pela AML, elegendo pessoas para coordenarem esta área dos transportes», defendeu Joaquim Santos.
Este encontro ficou marcado pelos protestos que, durante a manhã, impediram o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, de falar, levando mesmo o governante a abandonar a sala. Cerca de duas dezenas de manifestantes da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) levantaram-se, rindo e a gritando: «Queremos o nosso dinheiro, este Governo para a rua».
Joaquim dos Reis Marques, presidente da Comissão Permanente de Transportes e Mobilidade da Assembleia Metropolitana de Lisboa, afirmou que «lamenta» o sucedido, mas destacou que, para a Assembleia Metropolitana de Lisboa, «o importante é o debate sobre a mobilidade e os transportes, que é premente».
Em: http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/transportes-passe-social-unico/1456564-6377.html
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