Avançar para o conteúdo principal

Diferenças de ordenado entre função pública e privados

Diferença é visível sobretudo nas direções de topo. No Estado, o salário global mensal é até 2 mil euros inferior

Função pública menos competitiva face ao privado

A análise comparativa das remunerações praticadas no sector da administração pública e no sector privado, que será discutida na próxima reunião de 20 de março com o Governo, revela que há menos competitividade dos trabalhadores do Estado em relação aos privados. No público, paga-se mais a funcionários menos qualificados do que a média praticada no privado, mas os especialistas têm remunerações muito mais baixas do que aqueles que fazem carreira no privado. As conclusões são reveladas nu estudo encomendado pelo Ministério das Finanças à consultora Mercer, a que o Dinheiro Vivo teve acesso.

As diferenças são mais profundas sobretudo ao nível das direções de topo, onde os funcionários públicos ganham entre 500 e dois mil euros menos do que os trabalhadores do mesmo nível que exercem funções em empresas privadas (ver quadro aqui). De fora desta comparação ficam ainda as componentes variáveis comuns em empresas privadas, como carros, seguros, apoios para escolas ou comunicações e complementos de reforma - que contribuem para intensificar ainda mais o fosso entre a remuneração efetiva na função pública e no sector privado.

Já as funções de menor exigência e responsabilidade são mais bem pagas no sector público - onde a remuneração base média mensal varia entre os 640 euros pagos a operários e auxiliares e os 3125 euros auferidos nas direções intermédias - do que no privado (690 a 2960 euros), mostra o estudo da Mercer, hoje divulgado. Razão pela qual se conclui que "os valores pagos na administração pública posicionam-se, em regra, acima dos praticados para funções semelhantes no sector privado".

As cinco carreiras em que o Estado paga abaixo dos privados

O estudo da Mercer identifica ainda um conjunto de profissões em que os funcionários públicos têm uma remuneração mensal inferior à média praticada no privado para funções equivalentes. Os médicos são um desses casos, mas aqui se incluem ainda assistentes operacionais, operários e auxiliares e técnicos superiores jurídicos e assistentes administrativos como exemplos de carreiras em que se ganha pior no Estado do que no sector privado.


Em:

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...