Avançar para o conteúdo principal

OCDE antecipa recuperação económica em Portugal

OCDE antecipa crescimento da economia nacional por seis a nove meses, com uma prestação mais favorável do que a da Zona Euro

OCDE prevê crescimento sustentado em Portugal.

A OCDE antecipa um crescimento consolidado da economia portuguesa durante os próximos seis a nove meses. Segundo os indicadores compósitos avançados, divulgados hoje pelo organismo, Portugal atingiu em fevereiro os 100,28 pontos. Isto significa que o ritmo de crescimento da economia portuguesa já ultrapassou a média de longo prazo, passando de um período de recuperação económica para um período de crescimento sustentável.

Os indicadores compósitos avançados servem para medir a tendência de crescimento ou queda a acontecer num período de seis a nove meses, e o ideal é que a barreira dos 100 pontos seja ultrapassada. Entre os países da periferia da Europa, apenas a Irlanda já tinha ultrapassado esta barreira, quando em janeiro de 2012 obteve 100,2 pontos e, este mês Portugal e Grécia (100.32) também são apontados como países cujo crescimento vai começar a despontar em força.

A consolidação do crescimento económico português entrou para as contas da OCDE em abril de 2011, mês a partir do qual a antecipação do crescimento económico se tem aproximado da média a longo prazo, depois das fortes quedas de 2008 e 2011. Desde janeiro de 2012 que Portugal não conseguia atingir os 100 pontos e em fevereiro do ano passado a OCDE concedeu um mínimo de 97,9 pontos à possibilidade de crescimento da economia. No mês de fevereiro, Portugal cresceu 0,41 pontos relativamente a janeiro e 2,54 pontos face a fevereiro do ano passado.

Longe deste contentamento, o governo de Passos Coelho prevê uma recessão de 2,3% para este ano. Os números foram revistos com a troika na sétima avaliação ao programa de ajustamento, já que inicialmente se previa uma recessão de 1% para este período.

Mas segundo a OCDE, a prestação da economia portuguesa é mais favorável que a da zona euro, que soma 99.98 pontos, o que verifica uma quebra de 0,01 pontos face ao mesmo período do ano passado. O desempenho da economia alemã também fica aquém do português, com 99.69 pontos e uma quebra de 0,20 pontos relativamente ao ano passado.

Ainda assim, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico explica que "a zona euro como um todo, e particularmente a Alemanha, dão sinais de retoma de crescimento". A OCDE aponta ainda para uma estabilização em França e para um "momento de mudança" na economia italiana, que se encontra nos 99,55 pontos.

Fora da Europa, Reino Unido, Canadá e Brasil são apontados como tendo "um crescimento na média".


Em: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO138422.html?page=0

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...