Avançar para o conteúdo principal

economia vai cair 2,7%

Projeções: economia vai cair 2,7%

Banco japonês agrava recessão para Portugal. Economistas avisam para riscos de esforço orçamental que depende «esmagadoramente» do lado da receita

O banco japonês Nomura considera que a proposta de Orçamento do Estado para 2013 depende demasiado de receitas, projetando uma recessão de 2,7% em 2013 e que a dívida pública atinja os 131% do PIB em 2016.

Numa análise divulgada esta segunda-feira pelo departamento europeu do banco japonês Nomura, e noticiada pela agência Lusa, os economistas preveem que o esforço orçamental «depende esmagadoramente de medidas do lado da receita» e lembra que isto «cria riscos de implementação significativos num ambiente recessivo» e que leva por sua vez a que o esforço total de consolidação previsto no programa para o total do período seja muito superior ao estimado inicialmente.

Sobre a estrutura do ajustamento que está incluído na proposta de Orçamento - 80% do lado da receita, 20 por cento do lado da despesa -, diz que por esta razão «não admira que a troika tenha exigido uma série de medidas de contingência do lado da despesa, enquanto é exigido que o Governo aumente os seus esforços para reduzir a despesa».

Sobre as previsões para a economia portuguesa, os economistas responsáveis pela análise de Portugal apontam para que a recessão no próximo ano seja de 2,7% do PIB (contra 1% previstos pelo Governo), e que mesmo em 2012 a recessão resvale para 3,2% (Governo espera contração de 3%).

As projeções do banco são ainda mais negativas no que diz respeita ao rácio de dívida pública face ao produto interno bruto (PIB), esperando que este continue numa trajetória ascendente até 2016, altura em que atingiria os 131% do PIB, contra uma pique máximo esperado pelo Governo e ¿troika¿ de 123,7% do PIB no próximo ano, passando a cair desde essa altura até aos 118,5% em 2018.

O banco assume neste aspeto que a sua previsão aponta para que a dívida pública inicie uma trajetória descendente em 2016, mas que se mantenha nos 130% do PIB até 2020.

A nota faz ainda uma análise à situação política do país, afirmando ser «inquestionável que a interrupção de um período de consenso político aumenta o risco político, e consigo, o potencial custo social do ajustamento».

Ainda assim, o Nomura considera que o risco de uma completa crise política na coligação nos próximos meses continua a ser muito baixo, mas que «não há dúvida que a situação é expressivamente mais frágil que antes da quinta revisão da troika», algo que dizem que «irá ter provavelmente impacto na perceção do mercado sobre a probabilidade de futura crise política séria».

em:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/banco-de-portugal-bdp-pib-economia-crise-projecoes/1385824-1730.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...