Avançar para o conteúdo principal

Aumento de 11% da electricidade adiado. Apenas 2.8% em Janeiro.

Défice tarifário na electricidade acima dos 800 milhões de euros em 2013

"Numa área em que se mexe com muito dinheiro não é fácil cortar em nada", afirma o secretário de Estado da Energia

O défice tarifário no sistema eléctrico nacional, que se irá reflectir no aumento da dívida do sector a pagar por todos os consumidores nas facturas de energia, irá atingir “800 milhões de euros” só em 2013, avisou hoje o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.

Num encontro com empresários em Leiria, Artur Trindade sublinhou, citado pela Lusa, que “o problema é tão grave que ainda nem começámos [consumidores] a pagar” a dívida tarifária, que no próximo ano deverá chegar ao total de 3,7 mil milhões de euros.

O secretário de Estado salientou ainda que o Governo se tem esforçado para cortar nas “rendas excessivas”, num total de cerca de 200 milhões de euros que deverá ter impacto já nas facturas de electricidade a pagar durante o próximo ano.

O aumento de preços na factura eléctrica, ontem proposto pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), deverá ser de 2,8% no início de Janeiro para cerca de 5,1 milhões de consumidores domésticos que se mantêm fora do mercado liberalizado.

De acordo com um comunicado enviado ontem pelo Ministério da Economia, as várias medidas que foram tomadas para aliviar um maior aumento de custos nesta área permitiram evitar um aumento dos preços superior a 11%. Entre estas medidas estão cortes nos apoios à produção, mas também o adiar de um pagamento de 163 milhões de euros relativos a ajustamentos de custos para 2011, que deverá recair sobre os consumidores em 2014.

Durante o encontro com empresários, Artur Trindade apontou ainda o dedo às políticas anteriores no sector, nomeadamente a definição das políticas de apoio às energias renováveis e à cogeração, que “cresceram à custa de subsídios tarifários”.

O secretário de Estado defendeu ainda, de acordo com a Lusa, que as negociações se mantêm com vários agentes ligados à produção energética “porque o processo não é estático" e numa área em que “se mexe com muito dinheiro não é fácil cortar em nada”. “Para cada advogado que o Estado arranja, eles [agentes do sector] contratam 10”, afirmou.

Por Inês Sequeira em: http://economia.publico.pt/Noticia/defice-tarifario-na-electricidade-acima-dos-800-milhoes-de-euros-em-2013-1567639

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di