Nicolás Maduro adiantou a celebração do Natal um mês e ordenou o gasto de 11 milhões de euros na compra de 13 mil e 500 toneladas de pernil
O Natal é quando um homem quiser e na Venezuela é para celebrar um mês mais cedo. Palavra do senhor Nicolás Maduro — para quem a festa já começou no luxuoso hotel Humboldt, reservado ao executivo chavista —, que esta semana aprovou o gasto de 11 milhões de euros na compra de 13.500 toneladas de pernil, não obstante a onda de pobreza que alastra nas ruas de Caracas, onde muitos procuram por uma ceia nos amontoados de lixo.
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, deu ordens a todos os ministérios para que antecipassem a quadra natalícia. E assim foi acesa, esta sexta-feira, a cruz de Ávila, um mês antes do habitual, rompendo com uma tradição local que perdura há 50 anos.
“Ninguém nos vai tirar a alegria e a paz”, começou por dizer a esposa de Maduro no anúncio de abertura das festividades. “Serão dois meses de alegria para as crianças. Em 2020 vamos florescer, e não é por eu me chamar Cilia Flores, é porque temos um povo e um Presidente fortes”, afirmou.
A decisão surge num momento em que o país está desolado por uma grave crise económica, mergulhado numa hiperinflação que dura há dois anos e assolado pela tensão política, depois de Maduro ter tomado posse, em janeiro, para um segundo mandato assombrado pelas acusações de um processo eleitoral fraudulento.
Para grande parte dos venezuelanos este será um natal com pouco brilho, num país em que falta água, eletricidade, gasolina ou gás para cozinhar para a família que também ela pode ser escassa, depois do êxodo de quatro milhões de pessoas que se viram forçadas a migrar.
https://www.msn.com/pt-pt/meteorologia/ultimas-noticias/o-natal-%c3%a9-quando-maduro-quiser/ar-AAJKI97
Comentários
Enviar um comentário