Moody’s diz que esboço do OE 2016 é “otimista” e um “regresso a desequilíbrios”
Para a agência de rating Moody’s, o Governo de António Costa está excessivamente confiante e arrisca-se a colocar Portugal novamente no caminho dos erros cometidos no passado.
Em declarações ao Diário Económico, a agência de notação financeira mostra-se céptica em relação aos planos do Executivo socialista e avisa que a meta do défice pode revelar-se mais difícil que o esperado.
Kathrin Muehlbronner, a analista da Moody’s responsável por seguir a economia portuguesa, afirma ao Económico que “as projeções de crescimento subjacentes ao Orçamento são otimistas, estando acima de 2%”. “No nosso ponto de vista, Portugal deverá provavelmente atingir uma taxa de crescimento mais próxima de 1,6% ou 1,7%“, alerta.
O intervalo estimado pela Moody’s está em linha com as projeções mais recentes da Comissão Europeia, que apontam para 1,7%, e afasta-se da projeção utilizada pelo Governo no esboço do Orçamento do Estado para 2016, de 2,1%.
“Acreditamos que reduzir o défice orçamental para 2,6% do PIB vai revelar-se um desafio“, frisa Muehlbronner, já que se o PIB crescer menos do que o previsto o défice terá de ser mais baixo para que este rácio seja cumprido – o que torna a meta mais exigente.
A responsável por seguir a economia portuguesa partilha das preocupações do Conselho de Finanças Públicas (CFP), o órgão responsável por monitorizar as contas da economia portuguesa. Enviado para a Comissão Europeia e para o Parlamento juntamente com o esboço do Orçamento do Estado para este ano, o parecer do CFP é bastante crítico do cenário macroeconómico projetado pela equipa de Mário Centeno.
“Também concordamos com o ponto de vista do CFP segundo o qual uma estratégia económica focada no consumo privado e no aumento dos salários acima do crescimento da produtividade poderá resultar no regresso aos antigos desequilíbrios da economia portuguesa, com défices da balança corrente e uma perda de competitividade internacional”, explica Kathrin Muehlbronner.
Os peritos do CFP colocam em causa, sobretudo, as projeções para o aumento da procura externa e para a variação de preços, e notam ainda que “o crescimento assente na procura interna, designadamente no consumo privado, corresponde a uma tendência bem documentada no passado”, podendo conduzir à perda de competitividade e ao endividamento externo.
Em: http://zap.aeiou.pt/governo-vai-fazer-maior-contencao-de-despesa-dos-ultimos-anos-98790
Para a agência de rating Moody’s, o Governo de António Costa está excessivamente confiante e arrisca-se a colocar Portugal novamente no caminho dos erros cometidos no passado.
Em declarações ao Diário Económico, a agência de notação financeira mostra-se céptica em relação aos planos do Executivo socialista e avisa que a meta do défice pode revelar-se mais difícil que o esperado.
Kathrin Muehlbronner, a analista da Moody’s responsável por seguir a economia portuguesa, afirma ao Económico que “as projeções de crescimento subjacentes ao Orçamento são otimistas, estando acima de 2%”. “No nosso ponto de vista, Portugal deverá provavelmente atingir uma taxa de crescimento mais próxima de 1,6% ou 1,7%“, alerta.
O intervalo estimado pela Moody’s está em linha com as projeções mais recentes da Comissão Europeia, que apontam para 1,7%, e afasta-se da projeção utilizada pelo Governo no esboço do Orçamento do Estado para 2016, de 2,1%.
“Acreditamos que reduzir o défice orçamental para 2,6% do PIB vai revelar-se um desafio“, frisa Muehlbronner, já que se o PIB crescer menos do que o previsto o défice terá de ser mais baixo para que este rácio seja cumprido – o que torna a meta mais exigente.
A responsável por seguir a economia portuguesa partilha das preocupações do Conselho de Finanças Públicas (CFP), o órgão responsável por monitorizar as contas da economia portuguesa. Enviado para a Comissão Europeia e para o Parlamento juntamente com o esboço do Orçamento do Estado para este ano, o parecer do CFP é bastante crítico do cenário macroeconómico projetado pela equipa de Mário Centeno.
“Também concordamos com o ponto de vista do CFP segundo o qual uma estratégia económica focada no consumo privado e no aumento dos salários acima do crescimento da produtividade poderá resultar no regresso aos antigos desequilíbrios da economia portuguesa, com défices da balança corrente e uma perda de competitividade internacional”, explica Kathrin Muehlbronner.
Os peritos do CFP colocam em causa, sobretudo, as projeções para o aumento da procura externa e para a variação de preços, e notam ainda que “o crescimento assente na procura interna, designadamente no consumo privado, corresponde a uma tendência bem documentada no passado”, podendo conduzir à perda de competitividade e ao endividamento externo.
Em: http://zap.aeiou.pt/governo-vai-fazer-maior-contencao-de-despesa-dos-ultimos-anos-98790
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