Oposição venezuelana pede aos militares que defendam resultados das eleições
A oposição venezuelana pediu aos militares que "acatem e defendam" os resultados das eleições parlamentares, que lhe deram, pela primeira vez em 16 anos, uma maioria de dois terços, conferindo-lhe amplos poderes para legislar.
O pedido, feito em comunicado divulgado na sexta-feira, verifica-se depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acatar as medidas cautelares que deixam em suspenso a proclamação de três parlamentares da oposição, tirando, temporariamente, a maioria classificada de dois terços (112 deputados) da aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD).
A MUD obteve, nas eleições de 6 de Dezembro último, a primeira vitória em 16 anos, conseguindo 112 dos 167 lugares que compõem o parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca uma viragem história contra o chamado 'chavismo'.
"O bravo povo da Venezuela expressou a sua inequívoca vontade de mudança a 6 de Dezembro nas mesas eleitorais, (...) mas este acto tem de ser garantido através da defesa dos resultados", lê-se no comunicado assinado pelo líder do partido Primeiro Justiça, Júlio Borges, apontado como um dos possíveis presidentes do novo parlamento.
O documento sublinha que, no dia das eleições, as Forças Armadas Venezuelanas (FAV) cumpriram o seu dever, mas "os resultados têm sido violentados através de actos inconstitucionais do Supremo Tribunal de Justiça, violando o direito dos cidadãos a votarem 'nulo', ao usar esta razão como base para decidir [impugnar]".
Segundo a oposição, ainda que o presidente da República da Venezuela, Nicolás Maduro, tenha "manifestado que irá ignorar o poder legislativo, a partir de 5 de Janeiro", data da tomada de posse dos parlamentares, "os 'colectivos' [grupos afectos ao 'chavismo' que a imprensa local diz estarem alegadamente armados], estão em franca rebelião e admitem tomar a Assembleia Nacional e impedir" que os novos deputados tomem posse.
"O povo soberano decidiu dar à MUD a maioria qualificada de dois terços (...) do poder legislativo", lê-se no comunicado da oposição a Nicolás Maduro e ao 'chavismo'. "Essa decisão é uma ordem clara e legal", que o poder executivo e as Forças Armadas "devem acatar e defender", sublinha o documento.
Na quinta-feira, o STJ declarou como improcedentes seis dos sete pedidos de impugnação contra dez deputados eleitos nas recentes eleições parlamentares, afectando um total três deputados da oposição e um do Governo.
Assim, apenas 109 deputados da oposição e 54 do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) poderão ser proclamados (confirmados), para entrarem em funções a 5 de Janeiro de 2016.
Segundo o presidente Nicolás Maduro, estão ser investigados mais de 1,5 milhões de votos nulos ocorridos durante as eleições parlamentares, porque em alguns sectores onde tradicionalmente o 'chavismo' era vencedor, os seus candidatos perderam por menos de uma centena de votos, tendo sido registados mais de mil votos nulos.
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Este espaço é destinado à construçăo de ideias e à expressăo de opiniăo.
Pretende-se um fórum construtivo e de reflexăo, năo um cenário de ataques aos pensamentos contrários.
Anónimo:
tirem os comunas daqui:
Os Comunas quando agarram o Poder NUNCA mais saem de lá, só a MAL, só com Armas. Os Venezuelanos estão lixados, pois os Militares fazem parte integrante do "sistema". Nem a comunidade Internacional irá ter qualquer sucesso.
Há 1 dia e 4 horas.
Wilson Antunes:
Não é só os militares, é o próprio STJ (Supremo Tribunal de Justiça) que está politizado e fazem parte do sistema Socialista criado por Hugo Chaves e Nícolas Maduro. Os jornais estão censurados e agora querem rever os resultados eleitorais para ver se conseguem tirar a maioria qualificada a quem ganhou as eleições.
Em: http://www.dnoticias.pt/actualidade/mundo/559541-oposicao-venezuelana-pede-aos-militares-que-defendam-resultados-das-eleicoe#comment-673718
A oposição venezuelana pediu aos militares que "acatem e defendam" os resultados das eleições parlamentares, que lhe deram, pela primeira vez em 16 anos, uma maioria de dois terços, conferindo-lhe amplos poderes para legislar.
O pedido, feito em comunicado divulgado na sexta-feira, verifica-se depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acatar as medidas cautelares que deixam em suspenso a proclamação de três parlamentares da oposição, tirando, temporariamente, a maioria classificada de dois terços (112 deputados) da aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD).
A MUD obteve, nas eleições de 6 de Dezembro último, a primeira vitória em 16 anos, conseguindo 112 dos 167 lugares que compõem o parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca uma viragem história contra o chamado 'chavismo'.
"O bravo povo da Venezuela expressou a sua inequívoca vontade de mudança a 6 de Dezembro nas mesas eleitorais, (...) mas este acto tem de ser garantido através da defesa dos resultados", lê-se no comunicado assinado pelo líder do partido Primeiro Justiça, Júlio Borges, apontado como um dos possíveis presidentes do novo parlamento.
O documento sublinha que, no dia das eleições, as Forças Armadas Venezuelanas (FAV) cumpriram o seu dever, mas "os resultados têm sido violentados através de actos inconstitucionais do Supremo Tribunal de Justiça, violando o direito dos cidadãos a votarem 'nulo', ao usar esta razão como base para decidir [impugnar]".
Segundo a oposição, ainda que o presidente da República da Venezuela, Nicolás Maduro, tenha "manifestado que irá ignorar o poder legislativo, a partir de 5 de Janeiro", data da tomada de posse dos parlamentares, "os 'colectivos' [grupos afectos ao 'chavismo' que a imprensa local diz estarem alegadamente armados], estão em franca rebelião e admitem tomar a Assembleia Nacional e impedir" que os novos deputados tomem posse.
"O povo soberano decidiu dar à MUD a maioria qualificada de dois terços (...) do poder legislativo", lê-se no comunicado da oposição a Nicolás Maduro e ao 'chavismo'. "Essa decisão é uma ordem clara e legal", que o poder executivo e as Forças Armadas "devem acatar e defender", sublinha o documento.
Na quinta-feira, o STJ declarou como improcedentes seis dos sete pedidos de impugnação contra dez deputados eleitos nas recentes eleições parlamentares, afectando um total três deputados da oposição e um do Governo.
Assim, apenas 109 deputados da oposição e 54 do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) poderão ser proclamados (confirmados), para entrarem em funções a 5 de Janeiro de 2016.
Segundo o presidente Nicolás Maduro, estão ser investigados mais de 1,5 milhões de votos nulos ocorridos durante as eleições parlamentares, porque em alguns sectores onde tradicionalmente o 'chavismo' era vencedor, os seus candidatos perderam por menos de uma centena de votos, tendo sido registados mais de mil votos nulos.
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Os Comunas quando agarram o Poder NUNCA mais saem de lá, só a MAL, só com Armas. Os Venezuelanos estão lixados, pois os Militares fazem parte integrante do "sistema". Nem a comunidade Internacional irá ter qualquer sucesso.
Há 1 dia e 4 horas.
Wilson Antunes:
Não é só os militares, é o próprio STJ (Supremo Tribunal de Justiça) que está politizado e fazem parte do sistema Socialista criado por Hugo Chaves e Nícolas Maduro. Os jornais estão censurados e agora querem rever os resultados eleitorais para ver se conseguem tirar a maioria qualificada a quem ganhou as eleições.
Em: http://www.dnoticias.pt/actualidade/mundo/559541-oposicao-venezuelana-pede-aos-militares-que-defendam-resultados-das-eleicoe#comment-673718
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